Amapá encerra Conferência Estadual com alerta sobre direitos e proteção aos idosos
- svioalmd4
- 12 de jun.
- 2 min de leitura
Edy Wilson Silva

Com debates, propostas e dados alarmantes sobre violência patrimonial, foi encerrada nesta quinta-feira (12), em Macapá, a 6ª Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa. O evento reuniu representantes de 15 municípios no auditório da Escola Estadual Tiradentes.
Durante dois dias, os participantes discutiram políticas públicas voltadas à população idosa. Um dado preocupante chamou a atenção: 90% dos crimes registrados contra idosos no estado são de violência patrimonial, segundo levantamento da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, em parceria com a Polícia Civil.
A presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa, Palmira Bittencourt, reforçou a necessidade da escuta ativa e da construção coletiva:
"A 6ª Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa resulta das conferências municipais. Dos 16 municípios, 15 realizaram as suas conferências e hoje estão aqui para defender propostas em nível estadual e federal, baseadas em eixos temáticos. Tivemos a palestra do promotor de Justiça do Ceará, Alexandre Alcântara, especialista em direitos da pessoa idosa. Também tivemos palestra com Elaine Cantuária, juíza de Direito aqui no Amapá, e do promotor Flávio Cavalcante. Houve ainda a escolha de propostas e a eleição de 10 delegados que irão representar o Amapá na Conferência Nacional, em Brasília. Debatemos também a criação da Casa de Passagem da Pessoa Idosa, o Centro-Dia para idosos semidependentes e a criação da Delegacia Estadual da Pessoa Idosa”.
O tema da violência patrimonial dominou os debates. Josiane de Almeida Valle, da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, destacou o trabalho realizado para ampliar serviços e garantir o acesso aos direitos.
"O Governo do Estado deu todo o suporte necessário para o Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa. O Estado se propõe em colocar em prática todos os direitos que os idosos têm, e que, de fato, os idosos tenham conhecimento e acesso aos serviços executados. Em conjunto com a 5ª Delegacia de Polícia, fizemos um levantamento. E infelizmente, hoje, no nosso estado, diagnosticamos, através dos dados repassados pela Polícia Civil, que os idosos são lesados — a sua grande maioria — por violência patrimonial. Então, além da violência psicológica, violência física, agressão verbal e moral, a patrimonial é, de todas as ocorrências, a mais grave, com cerca de 90% dos casos, de acordo com os dados coletados nos últimos anos”.
A conferência reforçou a urgência de fortalecer a rede de proteção à pessoa idosa, com políticas públicas eficazes e participação ativa da sociedade no enfrentamento à violência.
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