Banco da Amizade completa 54 anos unindo gerações e fortalecendo laços comunitários no Laguinho
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Sávio Almeida

Referência histórica e cultural do bairro do Laguinho, em Macapá, o Banco da Amizade completa 54 anos nesta sexta-feira, 26. A data é marcada por uma programação festiva que reúne tradição, música, confraternização entre diferentes gerações e a valorização de laços comunitários.
A história começou em dezembro de 1971, com um grupo de amigos que costumava se reunir em um banco instalado na calçada do bairro. O ponto de encontro, que parecia simples, acabou criando um hábito que atravessou gerações e se transformou em uma tradição popular reconhecida em todo o estado. O espaço foi fundado por dois moradores históricos do Laguinho: o curandeiro Raimundo dos Santos Souza, o Sacaca, e o eletricista Renato Américo, conhecido como Renato Rato, ambos já falecidos.
A tradição anual é ponto de encontro entre amigos que mantêm a celebração viva com a distribuição gratuita de caldo, churrasco e vinho, além de uma programação musical diversificada, como explica Renato Matos, filho de um dos fundadores do Banco da Amizade.
“É exatamente isso, olha, tem amigos da nossa época que a gente só se encontra hoje, que é a tradição. Você sabe que vem gente de todo que é canto do Estado, é um prazersão receber o pessoal. É a semana todinha a gente nos preparativos, pintando, ajeitando. Hoje desde às cinco da manhã a gente aqui, está no sangue, né? Aí já viu”.
Mais do que um simples local de encontro, o Banco da Amizade consolidou-se como referência cultural e social no Laguinho. Em reconhecimento à sua relevância histórica e cultural, o espaço foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Amapá em 2016, por meio da Lei nº 2.053, publicada no Diário Oficial pela Assembleia Legislativa.
A comemoração dos 54 anos é organizada pela Associação Cultural Banco da Amizade, que mantém viva a tradição de reunir moradores, amigos e visitantes em um clima de confraternização. Além da festa, o grupo também desenvolve ações solidárias, como a arrecadação de brinquedos no período natalino para crianças em situação de vulnerabilidade social.
O presidente da Associação Cultural Banco da Amizade, Sérvulo Mendes, destacou a emoção de manter viva a tradição.
“Falar em tradição, me remete a um passado lá, nosso saudoso Sacaca, nosso saudoso Renato Américo Rato, os dois ícones, os dois fundadores do Banco da Amizade. Tudo começou por aí. Uma história, uma brincadeira, um R.O. [Resto de Ontem] do Natal. Todo dia, a gente vinha para cá. O R.O. do Natal já estava aqui no banco, uma banca de madeira, banco de lata, enfim. Aí, o R.O. foi ganhando cor, foi ganhando tradição. De repente, quando nós despertamos, já era aqui, se tornou uma obrigação. Todo dia, 26. Aí, pronto, começamos a trazer vinho, começamos a trazer carne”.
Neste ano, a programação reúne atrações como o DJ Adriano Neves, Beto Sete Cordas, o coletivo Mulheres Pretas na Percussão, o Grupo Sambart e a Banda Afro Criaú. Também estão previstas as apresentações das baterias da campeã Piratas Estilizados e da escola Boêmios do Laguinho.
Aberta ao público, a comemoração atrai famílias e amigos para um momento de confraternização marcado por um clima de harmonia, afeto e celebração, em homenagem aos mais de 50 anos de trajetória do Banco da Amizade.
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