Marcelo Guido

Durante o período de inverno, o ambiente torna-se propício para a reprodução do caramujo africano, uma espécie invasora que causa prejuízos à agricultura e pode transmitir doenças.
No Amapá, o projeto Caramujo Africano orienta sobre o controle e manejo correto do molusco.
Ao longo do projeto, cinco docentes da área agrícola de Moçambique foram capacitados com atividades de extensão, voltadas ao manejo adequado dos animais. Em determinadas áreas do país, o caramujo também é considerado um alimento.
O projeto já está em sua quinta etapa. Durante a capacitação com os moçambicanos, o foco de estudo e pesquisa foi nas doenças que o caramujo pode transmitir, como meningite, angiostrongilíase abdominal, e como hospedeiro de zoonoses.
Além do conhecimento adquirido por meio de pesquisas de campo, 40 agricultores do Amapá receberam orientações sobre a praga, que, além de propagar doenças, pode prejudicar os plantios.
As dicas para o manejo correto são:
Se preferir, use uma pá para facilitar o manuseio;
Utilize uma sacola plástica com cal virgem para colocar os caramujos coletados;
Deixe os caramujos dentro da sacola por 30 minutos, para que a cal virgem calcifique o caramujo, o que causará a morte da espécie;
Cave um buraco de 20 cm de profundidade e salpique cal virgem para evitar a contaminação do solo;
Coloque os caramujos, juntamente com a cal virgem, diretamente no buraco e enterre-os;
Não jogue sal nos caramujos africanos, pois isso pode salinizar o solo e dispersar os patógenos que o caramujo hospeda em seu muco.
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