Amapá lança Plano Estadual de Sociobioeconomia durante a COP-30
- jamilemoreira6
- há 17 minutos
- 2 min de leitura
Edy Wilson

O Governo do Amapá apresentou, nesta terça-feira (11), durante a COP-30, em Belém (PA), o Plano Estadual de Apoio à Sociobioeconomia (Peas). A iniciativa estabelece metas e ações voltadas a impulsionar a economia da floresta, fortalecendo cadeias produtivas e ampliando a participação de comunidades tradicionais.
Em meio à busca por modelos sustentáveis de desenvolvimento, o governador Clécio Luís destacou que o novo plano consolida uma política de Estado voltada à bioeconomia, aliando conservação ambiental, tecnologia e geração de renda. Segundo ele, o Amapá reúne condições para assumir papel de destaque nacional na produção sustentável.
“Este é o nosso Plano Estadual de Sociobiodiversidade, o nosso plano de bioeconomia. Ele traz um norteamento claro, um diagnóstico sólido, caminhos definidos e a identificação de vários mercados. Não existe uma única saída, mas diversas possibilidades importantes para desenvolver a nossa economia a partir da produção local, das matérias-primas e do acervo que nós temos. É viável ter uma economia forte a partir dos objetivos ambientais, associando tecnologia e inovação para gerar emprego e renda. Ou seja, no fim das contas, trata-se de mostrar que valeu a pena preservar e proteger, gerando emprego e desenvolvimento no nosso estado.”

A secretária de Estado do Meio Ambiente, Taísa Mendonça, ressaltou que o Peas foi elaborado de forma coletiva, com apoio técnico e integração entre diferentes secretarias. Ela lembrou que oficinas realizadas em várias regiões reuniram experiências diversas e ajudaram a construir ações adequadas às realidades locais.
“Temos orgulho de vestir a camisa do Amapá e defender o nosso estado. Este plano foi construído a muitas mãos. Hoje, nosso destaque está na plateia, com diversas autoridades presentes; por isso, registramos nosso agradecimento coletivo. Quero reconhecer os consultores que iniciaram esse processo, a Colin, o Sérgio Moreira, o Edjaí, o Gunas e toda a equipe — que nos deu suporte. O plano também recebeu a contribuição dos secretários de Estado, cujas políticas e experiências foram incorporadas.”

Moradora da comunidade Maracá, no município de Mazagão, Maria Angélica afirmou que a presença das comunidades ribeirinhas no processo foi fundamental para garantir que o plano represente quem vive da floresta. Ela destacou que o diálogo aproximou governo e famílias que enfrentam dificuldades históricas de acesso.
“Como moradora de Mazagão, participei da construção deste plano pensando em melhorar a vida do povo ribeirinho e das comunidades da floresta, que precisam de alguém que fale por eles. Como muitos não podem ir até a secretaria, nós fomos até lá, ouvimos suas demandas e planejamos, junto com a Secretaria de Meio Ambiente, um caminho que vai melhorar a vida de muita gente.”

O Peas reúne 11 cadeias produtivas estratégicas, entre elas castanha-do-brasil, cacau, mandioca, óleos vegetais, fármacos, pescado e açaí. O documento deve orientar investimentos e programas voltados à sociobioeconomia nos próximos anos, transformando o potencial da floresta em desenvolvimento sustentável.
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