Em entrevista coletiva, Clécio Luís destaca os benefícios da decisão do Ibama sobre exploração de petróleo
- perolapedrosa7
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Janete Carvalho

O governador do Amapá, Clécio Luís, em entrevista coletiva nesta terça-feira (21), comentou sobre a decisão do Ibama que autorizou a Petrobras a realizar pesquisa de petróleo na Margem Equatorial, região que abrange a costa amapaense.
Durante a coletiva, o governador falou sobre os impactos da decisão, os próximos passos do governo do Estado e as garantias de que o desenvolvimento virá aliado à sustentabilidade.
“A presidente da Petrobras me ligou feliz pela liberação da licença operacional para pesquisa, não é licença para produção de petróleo, esses leilões, foram feitos em 2013, a presidente da ANP na época era Magda Chambriard, que hoje é a presidente da Petrobras. Então, há 12 anos, a Agência Nacional de Petróleo fez esse leilão. Foram os maiores lances da história da ANP, porque as empresas que participaram, a Total, a Francesa, a Brits Petróleo, que era inglesa, a Shell, a ExxoMobil e a nossa Petrobras, sabiam que havia petróleo, uma perspectiva por conta do tipo de sequência geológica que é a mesma da Venezuela, da Guiana, do Suriname, Guiana Francesa e do Norte da África, onde a Total já explorava, de lá para cá, a Total não conseguiu licenciamento, a BP não conseguiu também e repassaram esses lotes para a Petrobras, e a Petrobras passou por todas as etapas para cumprir tudo o que o Ibama solicitou”.
Segundo o governador, a medida marca o início de um novo ciclo de oportunidades e desenvolvimento para o Amapá, com potencial para transformar a economia local de forma sustentável.

“Nós temos muita expectativa dos royalties do petróleo, é um dinheiro que vai diretamente para os cofres dos municípios, claro, os municípios produtores ganharão mais, Oiapoque, Calçoene, Amapá, Pracuúba, Tartarugalzinho. Mas os outros também receberão, como Cutias, Ferreira Gomes, Macapá, e os demais municípios também. O Estado também receberá, nós estamos preparando um plano de governança para mostrar para o Amapá, o Brasil e o mundo o que vamos investir, por exemplo, em pesquisa aplicada para desenvolver novos negócios para que a gente não fique dependente só do petróleo, onde vai ser aplicado o recurso para a estruturação dos órgãos de meio ambiente, o que vai ser investido para manter a floresta em pé, para os povos indígenas que vão ter os seus territórios preservados, afinal de contas nós precisamos de infraestrutura, portos, estradas de aeroportos para dar conta desse novo momento econômico que o Amapá vai viver”.
Clécio destacou que a exploração poderá gerar desdobramentos positivos, como a qualificação profissional e a oferta de cursos voltados para o setor de petróleo e gás.
“A Petrobras tem uma universidade, nós estamos tratando com a presidente dela vir para o Amapá, seja através do IFAP, da UNIFAP, da UEAP ou de um outro instituto, mas é importante que possamos formar nossos jovens de todos os municípios, jovens indígenas. Então, começa agora uma nova fase de preparação, porque nós vamos estar preparados para a Petrobrás e para toda a cadeia produtiva de óleo e gás que virá se implantar no Amapá”.

A perfuração deverá começar imediatamente e tem previsão de duração de 5 meses. O objetivo é recolher informações geológicas e avaliar a viabilidade econômica de petróleo e gás na região. Não haverá produção nesta fase. Estimativas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis(ANP) apontam um potencial de 30 bilhões de barris de óleo equivalente. Para a Petrobras trata-se de uma nova fronteira estratégica para repor reservas e sustentar a produção nas próximas décadas
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