Biblioteca Pública Elcy Lacerda é reinaugurada e marca nova etapa da política cultural do Amapá
- jamilemoreira6
- há 7 horas
- 2 min de leitura
Edy Wilson
Com a presença de escritores, artistas, pesquisadores, estudantes e fazedores de cultura, o Governo do Amapá reinaugurou, nesta quarta-feira (26), a Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda. A cerimônia marcou a entrega da estrutura totalmente requalificado, modernizado e reaberto ao público.
Antes do descerramento da placa, o governador Clécio Luís destacou a relevância histórica da instituição e ressaltou que a obra representa um marco para as políticas de leitura, memória e identidade cultural no estado.
“Esta biblioteca tem 80 anos, e nem sempre teve o nome de Elcy Lacerda. Quando a professora, escritora e poeta Elcy Lacerda faleceu, em 1996, ela foi imediatamente batizada com o nome dela. A história da biblioteca começa ainda no período do Território Federal, na época do ex-governador Janary Nunes. O território foi criado em 1943, e, em 1945, a biblioteca foi fundada. Portanto, não dá para contar a história do Amapá sem contar a história da Biblioteca Pública Elcy Lacerda", enfatizou Clécio.
Entre os escritores presentes, Paulo Tarso — autor de 12 obras e ex-diretor da instituição — celebrou a revitalização e ressaltou o impacto do investimento no fortalecimento da produção e difusão literária.
“O sentimento é de alegria, de realização, de ver a biblioteca revitalizada, com novo acervo, com novos espaços e pronta para continuar recebendo os pesquisadores, escritores e estudantes da comunidade em geral. Aqui é um centro cultural, um centro de fusão cultural muito grande, e o Governo do Amapá, através da Secretaria de Cultura, está de parabéns por realizar uma obra de tão grande magnitude como essa biblioteca pública", comemorou o ex-diretor.
A escritora Lulih Rojanski, que dirigiu a Biblioteca Elcy Lacerda por quatro anos, destacou o simbolismo da reabertura e a importância da modernização para o cenário literário local.
“Vivenciando a literatura que nós produzimos aqui, eu quero dizer para vocês que isso é um salto qualitativo muito grande para todos nós que escrevemos, que entregamos literatura e queremos entregar literatura de boa qualidade ao leitor. Ver a biblioteca hoje com esse avanço, com esse salto na modernidade, é um sentimento de honra. Realmente, é uma honra muito grande participar desse momento", disse a escritora.
A poeta e escritora Anne de Carvalho, neta de uma das funcionárias pioneiras da instituição, reforçou o valor histórico e afetivo da biblioteca para gerações de amapaenses.
“O meu sentimento é de muita gratidão, de muita reflexão, porque este prédio trata da história do Amapá. Isso aqui vem desde os tempos do Território Federal", comentou Anne.
A nova estrutura inclui espaços ampliados e modernizados, além de um acervo que ultrapassa 5 mil títulos físicos, somados a cerca de 16 mil obras digitais, totalizando mais de 30 mil livros disponíveis ao público.
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