Marcelo Guido
Durante os três dias de evento, o objetivo é romper com os modelos tradicionais e oferecer experiências de aprendizado mais dinâmicas e abertas
O evento será realizado no auditório da Biblioteca da UNIFAP e no Centro de Vivências, e acontecerá nos dias 23, 24 e 25 de outubro, com o tema: “Diversidade e Democracia na Amazônia Amapaense: Por uma Educação Plural”.
O objetivo do evento é compreender as inter-relações entre Educação, Culturas, Identidades e Diversidades, além das construções sociais e históricas, com foco em uma formação humana inclusiva, bem como dar visibilidade aos modos plurais de ser e viver.
A professora titular da universidade e coordenadora do evento, Lene Moraes, esteve presente nos estúdios da RDM e falou sobre as expectativas da instituição para o início das discussões e debates.
“A expectativa é o diálogo, né? É que a gente consiga alcançar um número significativo de pessoas para que possamos conversar, ou seja, compartilhar o que estamos pesquisando. Se não ficar ali, fechado na universidade, falando apenas com os nossos pares, para poucas pessoas. O interessante é compartilhar com um público maior: os estudantes de Pedagogia, os estudantes de Licenciatura, os pesquisadores, os graduandos e pós-graduandos, além dos professores da rede estadual e municipal, que debatem ou estão relacionados à educação”, afirmou.
Lene Moraes, coordenadora do evento, em entrevista ao Bom Dia Difusora desta terça-feira (22)
A professora também comentou sobre os pontos de vista divergentes dos palestrantes e destacou como será enriquecedor debater as diferentes perspectivas para a educação no estado.
“Olha que interessante, porque os três palestrantes que abrem e encerram o evento têm perspectivas de pesquisa muito diferentes, com temáticas bastante diversas. A professora Débora Matz pesquisa as populações do campo, a educação do campo, da floresta e das águas, ou seja, as nossas escolas que estão dentro da floresta, em comunidades rurais e ribeirinhas. Só esse eixo já é muito diverso. A professora Ubaiara, por sua vez, pesquisa a questão da cultura e da infância, a ludicidade. Como pensamos a infância? Outro dia, uma colega nossa, orientada da professora Ubaiara, comentou: ‘Pensamos na criança na escola com uma função, uma execução, como se ela tivesse que fazer isso ou aquilo. Mas isso não é a infância, isso é a vida adulta. Por que damos essa função às crianças? Por que as crianças não podem aprender brincando? Por que isso não está relacionado à educação?’ Então, repensar e ter um novo olhar às vezes é um pequeno clique, uma pequena coisa que muda nossa lógica e perspectiva, tanto como educador quanto como pesquisador", disse.
Durante esses três dias de evento, busca-se, por meio dessa abordagem, romper com os moldes tradicionais e proporcionar experiências de conhecimento mais abertas, convidativas e coletivas, nas quais a diversidade de vidas, saberes e culturas se manifeste de maneira plural e democrática.
O Colóquio é destinado a graduandos, pós-graduandos e à comunidade em geral, e contará com certificação.
Comments