Seminário da SVS reúne profissionais para capacitação em zoonoses e identificação de animais peçonhentos
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Jamile Moreira
A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) deu início nesta terça-feira, 10, ao Seminário Zoonoses e Animais Peçonhentos, com foco na prevenção e controle de zoonoses como raiva animal, leishmaniose, doença de Chagas, febre amarela, leptospirose, entre outras.
O evento reúne médicos-veterinários, biólogos, profissionais da vigilância em saúde dos municípios, guarda-parques, Polícia Militar Ambiental, Corpo de Bombeiros e demais profissionais que atuam diretamente na linha de frente da saúde ambiental e do bem-estar da população.
A programação, que contempla profissionais dos 16 municípios do estado, também inclui painéis técnicos, oficinas práticas e atividades de campo, como explicou o gerente do Núcleo de Vigilância Ambiental da SVS, Armando Nunes Medrado. Segundo Medrado, pelo fato de o Amapá ser um estado muito conservado e possuir convivência direta com animais silvestres, é muito importante mapear para saber de onde possivelmente vêm essas doenças e para onde podem estar indo.
“O que são as zoonoses? São as doenças que são transmitidas entre animais e humanos, que podem ser passadas tanto do animal para o humano, quanto do humano para o animal. Então é muito importante para quem está na ponta, profissionais do meio ambiente, profissionais também da área da saúde. Também vamos falar sobre animais peçonhentos, como identificar, quais são os perigos que eles proporcionam, como diferenciar uma serpente venenosa de uma serpente não venenosa e a utilização da plataforma SISS-Geo, que nós tivemos ano passado uma capacitação pelo Ministério da Saúde para a utilização dessa plataforma, que é um aplicativo de celular que a gente faz identificação de animal e faz registro desses animais na natureza, sejam animais mortos, até para a gente controlar também as epizootias, que são algumas doenças como a febre amarela. Então a população pode estar nos auxiliando através da utilização da plataforma SISS-Geo, e nós como SVS, como Superintendência de Vigilância em Saúde, nós temos esse objetivo também de dissipar esse conhecimento que nos é passado através do Ministério da Saúde”, explicou.
Durante o evento, os participantes também puderam conhecer e manusear o aplicativo SISS-Geo, uma tecnologia social que parte do princípio de que qualquer pessoa pode fazer parte de projetos de monitoramento de fauna, vigilância de zoonoses e pesquisa, por meio do uso do celular.
Participando da programação, a presidente da Associação de Guarda-Parques do Estado do Amapá, Leandria Nunes, falou da importância da capacitação, que agrega conhecimento direto à função que desempenham nas unidades de conservação e parques do estado.
“Esse seminário é de extrema importância para nós, é o primeiro seminário de zoonose e animais peçonhentos e também com extra, que é o uso do aplicativo de SISS-Geo. A associação de guarda parques em busca de qualificação continuada para os profissionais e também para os guardas florestais, buscamos a parceria com a SVS para que hoje fosse possível a realização e nós estamos aqui para receber a capacitação e conhecer mais profundo cada zoonose, porque nós estamos ligados diretamente dentro das unidades de conservação e dentro dos parques”, pontuou Leandria.
A programação se estende até o dia 12 de junho, no Museu Sacaca, e inclui também oficinas práticas de registro de dados em trilhas ecológicas, identificação de serpentes e primeiros socorros em acidentes com animais peçonhentos.
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