Janete Carvalho
Os projetos têm como foco a regularização de casas de terreiro, realização de exposições, oficinas e festivais afro-religiosos
O Governo do Amapá repassou, nesta terça-feira, 3, recursos aos projetos contemplados no edital "Mãe Dulce", coordenado pela Fundação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Fundação Marabaixo).
Foram 24 projetos contemplados, divididos em três categorias, que visam fortalecer as comunidades de terreiro e promover a cultura afro-brasileira no estado. O edital é um marco para as comunidades de matriz africana, como ressalta a presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos.
“Foi um edital pensado com muito carinho pelo governador Clécio, por todos nós, pela sua equipe, porque o edital Mãe Dulce homenageia uma grande mulher que, em 8 de maio, tocou o primeiro tambor de mina no Amapá, ergueu a primeira casa, e nada mais justo do que homenagear. Mas, acima de tudo, é dar visibilidade para projetos muito importantes. Então, a gente pensa que política afirmativa com equidade é o que o governo está fazendo, é o que o governador Clécio determinou, equidade é isso: dar visibilidade, dar oportunidade para que quem teve processo de exclusão social nessa política possa ser valorizado”, destacou.
Durante a cerimônia, que ocorreu no Palácio do Governo, os contemplados assinaram o contrato de repasse financeiro.
"Cada casa, cada projeto contemplado, tem um plano de execução, e aí vamos para a etapa de execução. Eles vão executar nos seus terreiros, nos seus espaços onde definiram seu plano de ação, e o governo do estado vai acompanhar isso com um trabalho de comunicação muito grande, mostrando que terão 24 projetos acontecendo de Laranjal do Jari a Mazagão, com vários municípios contemplados."
Para Águina Mitalory, responsável pela “Tenda Águas de Yemanjá”, o recurso vai ajudar muito nas ações que ela planeja desenvolver.
“A gente estava esperando um momento desse, porque a gente, como matriz africana, como casas, tem um problema muito grande. Somos um pouco discriminados nessa parte, e essa ajuda veio para contribuir muito com a gente, principalmente com a minha casa, porque agora estamos começando a nos estruturar direitinho, justamente por atos financeiros, mas graças ao governador, graças a esse edital, fomos muito ajudados. Estou muito grata, muito feliz de estar aqui neste momento.”
Os projetos têm como foco a regularização de casas de terreiro, realização de exposições, oficinas e festivais afro-religiosos, além de atividades socioculturais, manutenção e revitalização de espaços de terreiro, bem como a aquisição de instrumentos.
O nome do edital é uma homenagem a Dulce Costa Moreira, a Mãe Dulce, uma das pioneiras da cultura afro-religiosa no Amapá.
Janete Carvalho, Jornalismo Difusora
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