Anita Flexa
Fundação, mudanças de sede e convergência com as redes sociais fazem parte dessa trajetória.
A Rádio Difusora de Macapá (RDM), fundada em 1946, foi a primeira emissora do Amapá. Desativada em 1978 e renomeada como Rádio Nacional, retornou ao controle do governo estadual em 1988, retomando o nome original e operando na frequência 630 AM. A história da RDM começou em 1944, quando o governador Janary Nunes criou o Serviço de Imprensa e Propaganda (SIP) para divulgar ações governamentais. Em 1945, a instalação de alto-falantes em praças de Macapá marcou o início da estruturação da rádio.
Segundo o historiador Célio Alício, as maiores mudanças da Rádio Difusora de Macapá ocorreram em suas sedes: em 1946, quando foi transferida para a Rua Cândido Mendes, e em 1967, quando os estúdios e o parque transmissor foram movidos para a Avenida Maria Lombaerd, mantendo o escritório na sede original.
“Em termos tecnológicos, a emissora foi construída, tanto na estrutura física — o prédio e os equipamentos — quanto com os profissionais que a instalaram, com base no que havia de melhor na época. Técnicos de fora, como Heráclides Zoé e Heráocides Macedo, que vieram de São Paulo, se não me falha a memória, ajudaram na instalação dos equipamentos, além de outros técnicos da região Norte, sobretudo do Pará. Profissionais que já atuavam na imprensa paraense vieram, e o primeiro diretor do Sistema de Imprensa e Propaganda, o SIP, que também foi o primeiro diretor da Rádio Difusora de Macapá, foi Paulo Eleutério Cavalcanti. Ele era um jornalista renomado no Pará e no Amazonas, sendo um dos pilares do governo Janary Nunes. Tanto que foi o diretor do Serviço de Imprensa e Propaganda, que incluía a Rádio Difusora de Macapá, a Revista Amapá e o Jornal Amapá.”
A rádio tem passado por uma grande transformação, alinhando-se à convergência midiática e ampliando seu alcance por meio da internet. Com forte presença nas redes sociais, registrou um crescimento de 900% no número de novos seguidores no último ano, segundo a coordenadora de jornalismo da RDM, Lilian Monteiro.
“A gente celebra conquistas, vitórias, porque, durante esses dois anos, nossas redes sociais se expandiram, evoluíram e conquistaram um público mais jovem, que, além de ser nosso ouvinte, também virou nosso seguidor. Eles sabem que vão encontrar em nossos canais conteúdo de qualidade, notícia verdadeira e uma linguagem acessível. O ouvinte que também é seguidor manda mensagem no Instagram pedindo música, no Facebook com sugestões para melhorar a programação da rádio, e também interage pelos nossos canais de WhatsApp. Isso fortalece o rádio e nossa comunicação pública, e, claro, ganhamos muito mais com isso, tornando a Rádio Difusora uma excelência com 78 anos de histórias no ar, por isso que é um patrimônio do povo amapaense”, diz a coordenadora.
Ao longo de seus 78 anos, a Rádio Difusora de Macapá passou por diversas fases marcantes, desde sua fundação em 1946 até sua consolidação como um dos principais veículos de comunicação no Amapá. Com a transição para a era digital, a emissora se reinventou, mantendo sua essência, mas ampliando suas fronteiras através da internet e das redes sociais. Hoje, além de seu alcance tradicional, a RDM conecta-se com uma nova geração de ouvintes e reafirma seu papel de destaque na história da radiodifusão amapaense. Os avanços tecnológicos e a modernização constante refletem o compromisso de continuar informando e entretendo, preservando a memória e construindo o futuro da comunicação no estado.
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