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"Quai(s) língua(s) você fala": projeto busca preservar e fortalecer as línguas indígenas do Oiapoque

  • svioalmd4
  • 23 de abr.
  • 2 min de leitura

Janete Carvalho


PROJETO

A pesquisa inclui a identificação e o levantamento de dados sociolinguísticos das línguas parikwaki, kheuol karipuna, kheuól galibi-marworno e kali’na
A pesquisa inclui a identificação e o levantamento de dados sociolinguísticos das línguas parikwaki, kheuol karipuna, kheuól galibi-marworno e kali’na

Os primeiros resultados do projeto Quai(s) língua(s) você fala? – Identificação e Salvaguarda das Línguas Indígenas do Oiapoque, do Programa de Mestrado Profissional de Cultura e Política da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), foram apresentados nesta quarta-feira (23), na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).


A pesquisa inclui a identificação e o levantamento de dados sociolinguísticos das línguas parikwaki, kheuol karipuna, kheuól galibi-marworno e kali’na, em uso nos territórios indígenas do município de Oiapoque.


A iniciativa surgiu a partir das demandas das próprias comunidades, de professores, alunos e pesquisadores da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP). Lenise Batista, coordenadora do povo Galibi-Marworno, falou do fortalecimento dos registros das línguas.


“O projeto surge a partir dessas demandas de conversas durante as oficinas que são realizadas dentro das comunidades, junto com os jovens e os mais velhos, sobre a importância de registrar a língua, porque é uma língua ameaçada, como todas as línguas indígenas do Brasil, a gente vai perdendo a tradução dela e começa a ficar fragilizada, porque a gente não tem o registro das línguas, não usa nas escolas, nas redes sociais, então ela fica restrita somente na aldeia, e quando a gente sai não tem acesso a ela, então o projeto visa isso, fazer a identificação a salvaguarda dessa língua, que vai depois surgir em políticas públicas”.

Rodolfo Batista, coordenador do povo Galibi Kali’na, destacou que o projeto tem o objetivo de manter a participação da comunidade, além de criar futuramente um acervo digital onde possam ser consultadas informações sobre a língua e a cultura.


“E ser levado para as escolas para ser trabalhado com as crianças, eu acredito que um dos objetivos é as crianças, trabalhar o projeto voltar às crianças porque elas são o nosso futuro dentro das comunidades, elas que vão daqui a uns anos, trabalhar a cultura, a língua em si. Então o projeto veio para despertar que a nossa língua não se perca”.

O encontro reuniu lideranças, representantes de povos, pesquisadores indígenas e não indígenas, além de instituições como a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) e o IPHAN, que são parceiros dentro do projeto. No total, são 67 aldeias entre quatro povos.


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