Janete Carvalho
O termo de autorização oficial do edital “Doutor Empreendedor”, que selecionou cinco projetos de pesquisa com base tecnológica para o desenvolvimento e aprimoramento de produtos, serviços, e processos inovadores, foi assinado nesta terça-feira 25, pelo governo do Amapá, o investimento chega a 250 mil.
O edital foi lançado em fevereiro de 2024 pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá (Fapeap), em parceria com a Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec) durante o Startup20. Gutemberg Silva, diretor-presidente da Fapeap ressaltou que intenção do “Doutor Empreendedor” é facilitar a transferência de conhecimento para o setor produtivo.
“Todos os contemplados já tem um histórico de desenvolvimento de projetos e a nossa ideia é que eles, por meio do financiamento, possam pegar as ideias que foram aprovadas e torná-las como política pública, tem na área da bioeconomia, tem tecnologia voltada para quem produz açaí, os extrativistas, tem kit solar para castanheiros, tem para combater o Alzheimer. Ou seja, nós estamos financiando cinco iniciativas com grande potencial de desenvolvimento de produtos aplicáveis para melhorar a vida das pessoas e também para gerar emprego e renda”, destacou.
O secretário de Ciência e Tecnologia do Estado Amapá Edivan Andrade falou que o número de projetos apresentados foi positivo e que esse tipo de edital deve se tornar permanente do estado.
“Nós tivemos um número de projetos apresentados altos, mas só podemos contemplar cinco mas estamos trabalhando para que esse tipo de edital seja uma política no governo para fazer com que, pesquisas relevantes, que tem muitas nas instituições de ciências e tecnologia do Estado Amapá, possam se converter em produtos, negócios e serviços, a partir da biodiversidade dos ativos ambientais da Amazônia, ou como soluções para a saúde, para a educação e outros desafios enfrentados pela sociedade e pelo meio ambiente”,ressaltou.
Um dos projetos contemplados foi o Açaidirect um aplicativo desenvolvido por Bruno Cavalcante, pesquisador do Instituto Federal do Amapá (Ifap), a tecnologia vai facilitar a compra da fruta direta do produtor.
“A gente iniciou uma pesquisa de campo, nós fomos na rampa do Açaí acompanhar a chegada dos frutos, acompanhar aquela movimentação, ai conversando com os produtores, a gente colocou a ideia pra eles, eles gostaram e disseram que seria muito útil a gente ter um aplicativo que pudesse criar um ambiente virtual de negociação, e que o dono de batedeira. Por exemplo, pudesse negociar antecipadamente a compra desse açaí com o produtor lá na sua localidade, além do tempo, a gente pretende organizar a compra e a venda nesse sentido sem que haja interferência de outro ator no meio disso para aumentar o preço. Então ele consegue comprar a um preço justo diretamente com o produtor", explicou.
Cada pesquisador receberá o valor de R$ 50 mil para executarem seus projetos no prazo de 12 meses.
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