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Professores de história participam de sessão de cinema especial do filme ‘Ainda Estou Aqui’

Jamile Moreira


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A exibição integra a programação especial preparada pelo Governo do Amapá para a semana de retorno às aulas
A exibição integra a programação especial preparada pelo Governo do Amapá para a semana de retorno às aulas

O Governo do Amapá e o mandato do senador Randolfe Rodrigues promoveram, nesta sexta-feira, 14, uma sessão especial do filme "Ainda Estou Aqui" para os professores de história da rede estadual. O filme, indicado a três categorias no Oscar, aborda a trajetória da família Paiva durante a ditadura militar brasileira. A exibição faz parte da programação extensa que o Governo do Amapá preparou para a semana de volta às aulas.


O neto de Rubens Paiva, Chico Paiva, veio ao Amapá para a exibição especial do filme e falou da emoção de representar e ver a história de luta de sua família ganhando o mundo.


“Para nós, a família, é uma grande honra ver o alcance que o filme está tendo. Estou muito feliz de estar aqui representado ao convite do governador e do senador Randolfe. E acho que uma coisa que minha avó e minha família sempre tiveram muito forte era de que a gente não deixasse que a nossa história fosse uma história só sobre a nossa família, mas sim uma história do país e que pudesse ser transformada numa luta coletiva. Então a gente sente que a história da luta contra a ditadura pela democracia é muito compartilhada com os educadores, com os espaços universitários, escolas. Então acho que é muito simbólico a gente estar fazendo esse ato aqui, valorizando também a luta dos professores e o resgate dessa luta democrática”, afirmou Paiva.

A secretária adjunta de Educação, Edilene Abreu, afirmou que concentrar os profissionais da educação em uma sessão especial é uma forma de garantir que a história desse período que o Brasil viveu seja repassada para os alunos da rede pública de ensino.


“É um momento que a gente proporciona um carinho a esse público de professores de História do Amapá, que são essenciais. Eles são agentes essenciais para o Brasil. Eles são historiadores do Amapá, que são aqueles grandes transformadores de uma consciência crítica. Então o filme vai trazer esse momento de lazer e entretenimento, mas tem também a discussão, o debate sobre a ditadura, o não esquecimento do que ocorreu, a reafirmação do aprendizado e reaprendizado da democracia brasileira, dos espaços democráticos, da cidadania, e do direito a essa democracia”, declarou a secretária.

O senador Randolfe Rodrigues, que proporcionou a sessão de cinema, afirmou que tanto o livro quanto o filme resgatam um período muito triste da nossa história, que precisa ser lembrado e reafirmado, para que não volte a acontecer novamente.


“Quem assiste ao filme, quem lê o livro, e tem a expectativa de ver ali somente um relato de história, somente um relato de um tempo muito triste da nossa história, vai encontrar a história e a trajetória de uma família. De uma família que vivia no Rio de Janeiro no final dos anos 1960, início dos anos 1970, feliz, que tinha os domingos comuns que todas as famílias tinham, e que, no meio de tudo isso, foi interrompido pelo arbítrio e pelo terror. Tanto o livro quanto o filme contam, em primeiro lugar, isso: a trajetória de uma família, mas também resgatam um período muito triste da nossa história, um período que nos faz lembrar e reafirmar o valor da democracia como valor universal para todos nós”, comentou o senador.

O professor de história, Guaraci Pastana, falou sobre a importância de participar desse momento, que, além de trazer lazer aos professores, garante o resgate histórico do período da ditadura militar.


“O dia de hoje realmente é um dia muito especial para nós, principalmente os professores da área da ciência e da história, que vamos rever um pouco daquilo que aconteceu na nossa história recente, que foi o período da ditadura cívico-militar, e perceber, nesse momento, a luta de brasileiros anônimos, naquele período, que conseguiram resistir, de alguma maneira, contra aquele regime. Rever isso é rememorar um momento que a gente não pode deixar que retorne para esse país. A construção da democracia, a construção da república, ela passa, justamente, por aprendermos com o passado. E esse passado que deixou marcas profundas, não só na vida da república enquanto estado, mas na vida de pessoas comuns, na vida de pessoas que não se conformaram com aquele momento e que resistiram de alguma forma”, disse o professor.

No evento, também ocorreu a entrega de exemplares do livro que inspirou a produção do filme.



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