Marcelo Guido

Na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) presidida pelo novo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Banco Central deve manter o ritmo de promover uma forte alta de um ponto percentual na taxa básica de juros da economia, passando de 12,25% para 13,25% ao ano.
Essa é a expectativa de quase todos os economistas do mercado financeiro, que têm como base a indicação do próprio Banco Central feita em dezembro do ano passado.
Se confirmada, será a quarta alta consecutiva da taxa Selic. A projeção é de novos aumentos nos próximos meses, com a taxa superando 15% ao ano em meados de 2025, o maior nível em quase 20 anos.
A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias, que têm efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre.
Para definir os juros, a instituição atua com base no sistema de metas. Se as projeções estão em linha com as metas, pode reduzir os juros. Se estão acima, tende a manter ou subir a Selic.
A partir de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo será de 3% e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%.
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