Primeira etapa da restauração da Fortaleza de São José é entregue dias antes do prazo
- perolapedrosa7
- 19 de mar.
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Pérola Pedrosa
No aniversário de 243 anos da Fortaleza de São José, nesta quarta-feira, 19, foi entregue a primeira etapa das obras emergenciais de restauração do monumento, em visita técnica feita pelo governador do estado, Clécio Luís, juntamente com a secretária de Cultura, Clícia di Miceli, e o presidente da APPA - Cultura & Patrimônio, Xavier Vieira que é responsável pelo projeto de restauração e requalificação.
Esteve também presente o Superintendente Estadual do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Michel Bueno Flores, vinculado ao Ministério da Cultura, responsável pela aprovação e fiscalização das obras. Também fizeram a visita profissionais da área da arqueologia, do turismo, historiadores, representantes do Conselho de Engenharia e Arquitetura entre outros especialistas.
Nessa primeira etapa foi feito o tratamento das coberturas dos edifícios (telhamento) e recuperação das paredes internas, substituição e tratamento das madeiras, limpeza e desobstrução dos drenos, recuperação parcial das muralhas e outros serviços que permitem a estabilização das estruturas, que garantem suporte para as próximas etapas do restauro integral da área interna da edificação.
O governador do Amapá, Clécio Luís, explica que os recursos das obras são do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que possui 3 etapas, e diz que esta é a primeira e foi já finalizada antes do prazo.
“De oito meses de restauro foram feitas as obras emergenciais. Essas obras são patrocinadas através da Lei de incentivo à cultura pelo BNDES. Então, a primeira etapa foi cumprida, a parte emergencial toda foi concluída, com alguns dias de antecedência do prazo, que eram de oito meses, e nós estamos hoje, no dia do aniversário da Fortaleza, no dia de São José, que é o padroeiro de Macapá e do Amapá, entregando essa primeira etapa. Agora, a gente passa por um processo de prestação de contas ao BNDES, para que liberem a gente de começar a segunda etapa, que continua sendo o restauro, e a terceira etapa é o projeto de uso social, uso cultural da Fortaleza. Então, como a gente vai ocupar? Vai ter restaurante, vai ter lojas de artesanato, vai ter uma série de espaços de exposição, guiamento, todo um protocolo, todo um planejamento para que a gente consiga receber melhor. Turistas, acadêmicos, enfim. Da Fortaleza São José de Macapá”, destacou Clécio Luís.
No momento foi divulgado também que haverá um edital de pesquisa no valor de 478 mil reais, preparado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap) em parceria com a Secult, a secretária de cultura, Clícia di Miceli, destacou a importância de levantar dados e acervo da Fortaleza, que estão em outros lugares do Brasil e até fora país.
“Na próxima segunda-feira, a Fapeap em parceria com a Secult lançar um edital de incentivo à pesquisa, à ciência, para montar uma equipe especializada para levantar dados, um acervo sobre a fortaleza. Nós temos um acervo aqui no interior da Fortaleza, mas nós temos acervo relacionado à fortaleza espalhado por várias partes do mundo, vários museus nacionais, Portugal guarda parte dessa memória. Então, esse edital é para montar uma equipe de pesquisa para que essa equipe de multilinguagens, arquitetos, arqueólogos, museólogos, sonhadores e outras áreas do conhecimento possam levantar informações e concentrar no espaço de memória que nós vamos ter aqui dentro do Museu Fortaleza. Então, a gente precisa mapear tudo isso e colocar à disposição da população amapaense e daqueles que visitam esse patrimônio histórico, cultural e turístico do Estado”, informou a titular da Secult.
Para o presidente da APPA - Cultura & Patrimônio, Xavier Vieira, monumentos e patrimônios no Brasil precisam sim ser preservados, mas isso não impede de serem utilizados, de forma correta, para atender a população, o turismo e a pesquisa.
“A gente tem aqui no Brasil equipamentos maravilhosos, mas a gente ainda também não está no ponto da autoridade de explorar isso como pode ser explorado, e a gente tem um movimento de reconstituição desse conceito de que o patrimônio tem que ser protegido e que proteger significa restringir o público ou restringir o acesso, e é exatamente o contrário disso. A gente quer esse patrimônio vivo, ocupado, pulsante, com editais de ocupação, com estrutura para receber eventos das diversas naturezas e perspectivas que façam-se interessantes”, disse Xavier.
Esse trabalho é resultado de uma parceria entre os Governos do Estado e Federal, com articulação política do presidente do Senado, Davi Alcolumbre para que a Fortaleza de São José de Macapá esteja toda equipada com a acessibilidade, e receptiva ao turismo e a visitação, e ainda apta para candidatura ao título de Patrimônio Mundial da Humanidade, outorgado pela Unesco.
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