População LGBTQIA+ recebe atendimentos em ação do Dia Internacional de Combate à LGBTfobia
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- 17 de mai.
- 3 min de leitura
Janete Carvalho
Para marcar o Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, neste sábado (17), uma ação em parceria com várias secretarias do Governo do Amapá foi realizada no prédio da Secretaria Estadual de Políticas Públicas para Mulheres (Semp), no centro de Macapá.
Durante a manhã, foram realizados vários atendimentos à população LGBTQIA+ e à comunidade em geral, entre eles atendimentos psicológico, jurídico e de beleza.
Simone de Jesus, gerente do Centro de Acolhimento de Mulheres Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais no Amapá (Ama LBTI), ressaltou que foi uma semana intensa de ações e que as conquistas vêm sendo alcançadas ao longo dos anos.
“Sem a política concreta realizada pela gestão, governo do estado, prefeituras também, porque a gente está indo também nos municípios para falar sobre esse centro, as atividades que nós realizamos Através de governo do estado Então para mim é um sonho realizado. Eu sou uma mulher preta, lésbica, e eu nunca disse não ao que eu sou, mas com isso a gente sofre, eu desejei sempre que os outros não passassem nem metade do que eu passei hoje você pode ir com o seu amor porque pode ser homem pode ser mulher, você pode ir com o seu amor para onde você quiser, você pode se casar hoje, e na minha época, nem pegar na mão a gente podia, porque podia até ser espancada no meio da rua. Então para mim, ter visto tudo isso, são 30 anos de atividade de intensa, luta e, no dia internacional, eu estar hoje com uma ação social dentro de um orgão governamental dizendo que nós existimos é uma vitória”.
Renato Nascimento, responsável técnico pela saúde da população LGBTQIA+ da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), falou da importância do governo nesse processo de acolhimento e cuidado com a saúde LGBTQIA+.
“O governo do estado do Amapá tem investido em políticas públicas voltadas para populações vulneráveis, e a Secretaria de Saúde, nesse processo, não podia ficar de fora. Então, entrei como responsável técnico pela saúde da população LGBTQIA+, e de lá a gente tem feito um trabalho de acolhimento, de como a gente vai receber essa população. Ano passado, nós fizemos várias capacitações e oficinas para falar sobre acolhimento dessa população, porque querendo ou não é uma população fragilizada. Porque a gente precisa não só acolher, a gente precisa oferecer segurança, criar um vínculo, saber conversar com essa população em si”.
Para Natália Brandão, tatuadora e empreendedora, o evento foi importante pela organização e acolhimento recebido pelos profissionais.
“É importante que a gente tenha essa voz e que a gente possa ter a segurança necessária que nós merecemos e poder ser acolhido nesse momento. Se tiver algum problema psicológico, ter onde ser acolhida, se tiver qualquer problema em relacionamento também é muito importante, e no momento que a gente está assim não tem com quem contar, mas sabendo que tem um núcleo como esse aqui é muito importante, acolhedor e se torna menos pesado”.
Os atendimentos foram feitos pela manhã, todos gratuitos. A programação alusiva ao combate à LGBTfobia encerrou à noite com shows artísticos e culturais em frente à Casa do Artesão, na orla de Macapá.
O Dia Internacional de Combate à LGBTfobia é celebrado em 17 de maio por marcar a data, em 1990, em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças.
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