Marcelo Guido
As jornadas acontecem em apoio à agricultura familiar
O Governo do Amapá, através do Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Amapá (Rurap), com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e outros órgãos, iniciou a jornada de caravanas ao interior do Amapá para atividade de apoio à agricultura familiar.
Essas caravanas fazem parte do “Plano Safra”, e tiveram início na manhã desta terça (20), em Macapá, e seguiu em direção à Mazagão, tendo a Reserva Extrativista do Rio Cajari como destino final, mas antes estacionando em três pontos do Assentamento Maracá, na comunidade Rio Preto e duas vezes na Vila Central.
O diretor-presidente do Rurap, Jorge Rafael, explicou para os ouvintes da RDM os objetivos do plano implementado pelo Governo Federal e o quanto o estado do Amapá estará recebendo.
“O Plano Safra é o maior programa do governo federal voltado ao incentivo à produção da agricultura familiar, esse ano o programa vem com mais de 70 bilhões de investimentos em todo o país. Para o Amapá foram destinados 120 milhões em diversas linhas de financiamento da agricultura familiar, da pesca, da piscicultura, da produção florestal sustentável, de sistemas de produção agroecológico, linhas específicas para o fomento do trabalho com mulheres, com jovens, inclusive linhas voltadas para o incentivo à regularização fundiária através do financiamento das atividades de georreferenciamento, entre diversas outras possibilidades. São milhões de investimentos que o governo federal oferece através de uma política de baixíssimos juros para, de fato, incentivar o agricultor a investir em suas pequenas propriedades, em suas pequenas comunidades. Aumentar a produção de alimentos no país e, consequentemente, gerar trabalho e renda no campo e melhorar a qualidade de vida das pessoas”, contou .
Rafael explicou ainda qual importância para o setor produtivo amapaense.
“Para o setor produtivo do Amapá , o Plano Safra é extremamente importante porque ele garante um volume considerável de recursos capazes de fazer com que a produção agrícola familiar do Estado saia de um conceito de agricultura de subsistência para uma agricultura produtiva, geradora de riqueza, produtora de alimentos, levando o Estado a chegar a autossuficiência na produção dos seus próprios alimentos, principalmente nas cadeias produtivas mais importantes e prioritárias, exemplo das cadeias da fruticultura, principalmente o abacaxi, o açaí e o cacau, as cadeias produtivas dos grãos, o arroz, o milho, a soja e outros grãos, a cadeia produtiva do pescado, não menos importante e que tem um impacto na economia , da cadeia produtiva da madeira, entre outras cadeias produtivas, além também da inovação através do investimento em agroindústrias, ou seja, para a agregação de valor aos produtos do campo da floresta da biodiversidade”, completou.
Durante a Caravana Rural serão dadas informações sobre o Plano, que para 2024 tem R$ 120 milhões de reais para o Amapá, e também acerca de propostas de bancos para créditos a agricultores.
As atividades envolverão assistência técnica, cadastramento rural e propostas de crédito. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), também integrante da caravana, fazendo regularização fundiária.
Para impulsionar o setor agropecuário brasileiro, o Governo Federal lançou o Plano Safra 2024/2025, no âmbito do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), oferecendo linhas de crédito, incentivos e políticas agrícolas para médios e grandes produtores. Neste ano safra, são R$ 400,59 bilhões destinados para financiamentos, um aumento de 10% em relação à safra anterior.
Ainda, os produtores rurais podem contar com mais R$ 108 bilhões em recursos de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), para emissões de Cédulas do Produto Rural (CPR), que serão complementares aos incentivos do novo Plano Safra. No total, são R$ 508,59 bilhões para o desenvolvimento do agronacional.
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