Pesquisa no Amapá converte caroço de açaí em bio-óleo, alternativa sustentável ao petróleo e gás
- svioalmd4
- 29 de mar.
- 2 min de leitura
Sávio Almeida

A Universidade do Estado do Amapá (Ueap) está à frente de uma pesquisa inovadora que utiliza o caroço de açaí para a produção de bio-óleo, oferecendo uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis. Por meio da técnica de pirólise, o projeto visa gerar bio-óleo de alto valor energético, com aplicações em combustíveis e compostos químicos para a indústria farmacêutica.
A pirólise é um processo de decomposição térmica sem oxigênio, que acelera a decomposição do caroço de açaí, gerando vapor e gás. Esses produtos são condensados e separados, resultando no bio-óleo, usado como combustível, e no líquido pirolenhoso, que pode ser utilizado na produção de medicamentos.
O projeto é coordenado pelo professor Menyklen Penafort, do Colegiado de Engenharia Química da Ueap, que explica o potencial do bio-óleo.
“Esse bio-óleo, estudos iniciais demonstram que ele tem grande compatibilidade com o petróleo. Partindo desse princípio, dessa visão que ele é compatível com o petróleo, os próximos desdobramentos dessa pesquisa, nós vamos produzir a biogasolina, que pode substituir a gasolina. Nós estamos chamando de diesel verde, que é para diferenciar do biodiesel que é feito hoje de outros óleos e o querosene verde. O querosene verde é o idêntico, é o compatível com o combustível de aviação civil”.
Esse avanço não só propõe uma solução ambiental, mas também contribui para a transição energética global, enfrentando os desafios das mudanças climáticas. O projeto da Ueap faz parte de uma iniciativa maior, coordenada pela Universidade Federal do Pará (Ufpa), denominada "Gasolina Verde", e os resultados serão apresentados na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em novembro, em Belém.
Com o crescente interesse por alternativas energéticas mais limpas, a pesquisa mostra o enorme potencial da Amazônia para oferecer soluções inovadoras, além de gerar empregos e contribuir para a sustentabilidade global. Veja também nas nossas redes sociais:
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