Janete Carvalho

O Brasil ainda não se recuperou na educação dos impactos gerados pela pandemia, aponta estudo. O acesso à educação, que vinha melhorando, piorou durante esse período e ainda não retornou ao mesmo patamar observado em 2019.
A alfabetização das crianças, que tiveram as aulas presenciais suspensas, piorou, e o percentual daquelas que ainda não sabem ler e escrever aos 8 anos de idade aumentou consideravelmente entre 2019 e 2023.
As informações são do estudo Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil – 2017 a 2023, lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) nesta quinta-feira (16).
O estudo, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisou, em relação à educação, as privações de acesso à escola na idade certa e a alfabetização.
Ao todo, são quatro milhões de crianças e adolescentes que estão atrasados nos estudos, que repetiram de ano ou que não foram alfabetizados até os 7 anos. Apesar de representarem um percentual inferior ao de 2017, o país ainda não retomou o patamar que havia alcançado em 2019.
Sobre o assunto, a chefe de Políticas Sociais do Unicef no Brasil, Liliana Chopitea, disse: “Sabemos que, na educação, leva-se muito mais tempo para recuperar os impactos. Então, essa faixa é a que mais sofreu, e os dados mostram realmente a importância de que se façam políticas mais focadas e se fortaleçam as que estão sendo implementadas."
Fonte: Agência Brasil
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