Marcelo Guido

Principal aposta da oposição e do ex-presidente Jair Bolsonaro para livrar os condenados pelos ataques de 8 de janeiro, o projeto de anistia, neste momento, ainda não tem votos suficientes para ser aprovado.
Essa é a avaliação de aliados do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e até mesmo de parlamentares da oposição, que admitem que a matéria seria derrotada se fosse levada hoje ao plenário da Casa.
Interlocutores do presidente da Câmara afirmam que o próprio PL, partido de Bolsonaro, tem evitado pressionar para que o projeto entre em pauta neste momento.
Um importante deputado da oposição afirmou que a proposta ainda não conta com dois fatores essenciais: apoio popular e adesão efetiva de partidos.
Na avaliação dele, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) fez com que a proposta ganhasse algum apoio. O parlamentar também critica a condução do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na delação de Mauro Cid.
Apesar de ter minimizado os eventos de 8 de janeiro, ao afirmar que não se tratou de uma tentativa de golpe, Motta tem dito a interlocutores que manterá serenidade sobre o assunto. Ou seja, não pretende enterrar a proposta, mas só pautará o tema se houver ampla maioria entre as lideranças.
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