Operação 'Red Fall' desarticula facção criminosa com atuação nacional no Amapá

Janete Carvalho

POLICIA

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“Operação Red Fall”, desarticulou braço operacional de uma das maiores facções criminosas do Brasil, originária do Rio de Janeiro.

Nesta terça-feira (6), a Polícia Civil do Amapá, por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc), com apoio Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Estado Amapá (MP-AP), deflagrou a “Operação Red Fall”, com o objetivo de desarticular um braço operacional de uma das maiores facções criminosas do Brasil, originária do Rio de Janeiro.

As investigações apontam que o grupo chefiado no Amapá por um casal de Laranjal do Jari movimentou cerca de R$ 7,3 milhões nos últimos dois anos por meio de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O casal, já alvo da operação anterior, havia se mudado para Vitorino Freire, no Maranhão, tentando escapar da polícia, mas foi localizado e preso.

O delegado-geral da Polícia Civil, Cézar Vieira, comentou sobre a operação.

“Esses grupos criminosos de outras unidades da federação tentam entrar no estado, mas o combate tem sido muito eficaz. Tentam ocultar partidas aqui no estado, inclusive não apenas com o tráfico de drogas, mas inúmeras outras atividades criminosas. crimes que aqui no estado não é terra sem lei. Esse casal seria um dos principais da operação eles foram presos no interior do Maranhão, o Denarc está promovendo uma tratativa com o Judiciário para o recambiamento, para que eles possam responder aqui no estado por todas as suas condutas cometidas, cuja ação atinge frontalmente o estado do Amapá”.

O delegado Estéfano Santos, responsável pelo Denarc, detalhou os resultados da ação e destacou que a operação é de extrema importância para o trabalho de segurança pública no Estado do Amapá.

“Nós conseguimos desvendar boa parte desse grupo, como eles operaram e como fizeram a lavagem de dinheiro. Eles trouxeram os entorpecentes da Colômbia, da Bolívia; uma parte chegou por via terrestre até Belém, depois por via fluvial até Macapá, e aqui foi distribuída por diversos municípios. Identificamos o grupo, as lideranças: um casal que residia inicialmente no Jari e descobriu a investigação e, na data de hoje consegui fazer essa operação, que cumpriu 21 mandatos de busca e apreensão, sete de prisão preventiva, além do sequestro de bens e valores, só de um dos alvos foram sequestrados 22 veículos, alguns de luxo, avaliados em mais de 350 mil reais. É uma operação importante que não apenas prendeu esses membros, mas também promoveu a descapitalização do patrimônio ilícito".

De acordo com o delegado, foram identificadas contas em nome dos chamados "laranjas" para promover a entrada de dinheiro ilícito no mercado financeiro. Além disso, duas prisões foram realizadas em Macapá. Ele ainda confirmou que a operação deve continuar.

“Foram sete mandados de prisão preventiva, três permanecem forgidos, estamos em diligência para localizá-los. Quatro prisões ocorreram: duas em Macapá, uma em flagrante, e duas no Maranhão, o casal que era o principal alvo. A operação continua, os policiais seguem em diligência para localizar os foragidos e tentar 100% de sucesso na operação”.

A operação foi deflagrada simultaneamente em seis estados da federação: Amapá, Pará, Amazonas, Maranhão e Bahia. Foram cumpridos 21 mandatos de busca e apreensão, sete de prisão preventiva, além do sequestro de bens e valores diversos, que somados ultrapassaram R$ 1,5 milhão.

Informações sobre o tráfico de drogas e crimes correlatos podem ser repassadas pelo disco-denúncia: (96) 98141-4161.