O papel crucial da denúncia e das parcerias no combate à violência contra a mulher
- svioalmd4
- 15 de mar.
- 2 min de leitura
Edy Wilson Silva

Em entrevista exclusiva com a delegada Marina Guimarães, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), ela compartilhou uma visão detalhada sobre o trabalho da unidade e a crescente conscientização das mulheres sobre seus direitos.
Com oito anos de atuação na DEAM, a delegada destaca que, nos últimos dois anos à frente da titularidade, houve um aumento significativo no número de mulheres que buscam a delegacia antes que a violência se agrave.
“As mulheres têm buscado mais a delegacia antes que o crime se torne mais grave. Eu não sei se isso é em virtude das várias operações que a gente faz em conjunto, com toda a rede de atendimento. Temos aqui duas operações federais no ano, que são a Chamar e a Atria, que costumam dar uma repercussão maior, então as mulheres tomam mais conhecimento do ciclo de violência, como ele se inicia, como a violência vai aumentando, vai progredindo. Elas conseguem encerrar esse ciclo de violência, podem até não buscar a delegacia, mas conseguem terminar relacionamentos abusivos. Já sabem que estão vivendo num ciclo de violência, então elas já rompem o relacionamento antes que isso vire uma agressão mais grave”, completa a delegada Marina Guimarães.
A atuação integrada com outros órgãos tem sido essencial. A Polícia Militar, o Ministério Público e diversos serviços de apoio formam uma rede de proteção à mulher, permitindo um atendimento completo desde o acolhimento inicial até a continuidade do processo judicial. Segundo a delegada, a violência contra a mulher não tem um perfil específico. Ela pode atingir mulheres de todas as classes sociais e, muitas vezes, a agressão começa com comportamentos psicológicos e verbais, antes de se transformar em violência física.
O trabalho conjunto com a rede de atendimento e o acolhimento imediato são pontos fortes da delegacia. A vítima recebe apoio psicológico e todo o suporte necessário para formalizar a denúncia, que é encaminhada para os órgãos competentes, garantindo que cada mulher tenha acesso à justiça e à proteção.
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