Marcelo Guido

As principais preocupações são sobre as tributações, e as notícias falsas nas redes sociais têm tirado o sono de usuários e empreendedores.
Usuários de todo o Brasil utilizam mais o serviço de pagamento instantâneo, o popular PIX, do que dinheiro como forma de pagamento. Segundo o Banco Central, o sistema é usado por 76,4% da população, ultrapassando meios como cartão de débito e o próprio dinheiro. Após as novas regras que o Governo Federal colocou em vigor a partir do dia 1º de janeiro de 2025, as dúvidas sobre taxações e a desinformação generalizada causaram certo temor nos usuários, que passaram a repensar a forma de pagamento.
E não adiantou a Receita esclarecer que a mudança não gera aumento na carga tributária nem a criação de novos impostos. A grande verdade é que a Receita Federal está apertando o cerco contra os sonegadores. As instituições financeiras, de pagamento e operadoras de cartão de crédito terão de enviar as informações duas vezes ao ano, reportando o estouro do limite para pessoas físicas e jurídicas em transações Pix, cartões de crédito e débito, além de outros instrumentos de pagamentos eletrônicos.
Paulo Mendes, analista tributário da Receita Federal do Brasil, em Macapá, comentou as mudanças, desmentiu algumas fake news e esclareceu algumas dúvidas principais dos usuários.
“Venho aqui desmentir as mentiras sobre a tributação do Pix. O Pix não será tributado, é fake news. Então você que recebe, que paga com o Pix, não se preocupe, não haverá uma tributação sobre ele. Então você que é dono de batedeira de açaí, padaria, pequenos negócios, cabeleireiros, Uber, pode continuar recebendo e pagando com o Pix. Não será tributado. Existe uma fiscalização desde 2003, é uma troca de informações que as instituições financeiras são obrigadas a informar à Receita Federal. E o que aconteceu em 2025 foi uma atualização dos valores, que passou de 2 para 5 mil reais de pessoa física e de 8 para 15 mil de pessoa jurídica. Então fique tranquilo, não será tributado o Pix e você pode continuar pagando e recebendo as suas compras e os seus serviços de forma muito natural e efetiva com o Pix”, esclareceu.
O Pix é uma criação do Banco Central do Brasil, a instituição responsável pela regulamentação e supervisão do sistema financeiro no país. A ideia por trás do Pix era aprimorar a eficiência dos pagamentos e transferências, tornando o processo mais rápido, seguro e acessível a todos os brasileiros.
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