top of page

Macapá 267 anos: temperos e sabores que fazem parte da história dos amapaenses

Jamile Moreira

TEMPEROS E SABORES MACAPÁ

Na avenida Cônego Domingos Maltês, perto da praça Nossa Senhora da Conceição, encontra-se outro ponto tradicional de Macapá: a ‘Lanchonete da Tia Nenê’
Na avenida Cônego Domingos Maltês, perto da praça Nossa Senhora da Conceição, encontra-se outro ponto tradicional de Macapá: a ‘Lanchonete da Tia Nenê’

No próximo dia 04 de fevereiro Macapá completa 267 anos de história e tradições, uma delas que encanta não só os amapaenses, mas todos que visitam nossa capital é a culinária, com temperos e sabores marcantes, as comidas típicas agradam aos mais diversos paladares.


No bairro Central, com vista para o rio Amazonas, está a Praça de Alimentação Sabores do Amapá, que fica ao lado da Casa do Artesão e concentra 30 boxes especializados na comercialização de comidas como vatapá, maniçoba, tacacá, arroz paraense e pratos que levam peixes e camarões regionais.

A Praça de Alimentação Sabores do Amapá, localizada ao lado da Casa do Artesão, abriga 30 boxes especializados na venda de comidas típicas
A Praça de Alimentação Sabores do Amapá, localizada ao lado da Casa do Artesão, abriga 30 boxes especializados na venda de comidas típicas

Um dos empreendimentos é o Delícias da Lora, idealizado pela dona da dona Conceição da Piedade, que trabalha com a venda de comidas típicas há mais de dez anos.

“Comecei a fazer comida há muito tempo, e eu estou até hoje aqui trabalhando e tenho muita clientela que gosta das minhas comidas. Todo mundo gosta do vatapá, maniçoba, galinha picante, macarronada, lasanha, todo tipo de comida, muito gostosa”, diz Conceição, e sobre Macapá ela é enfática: “Acho muito linda, muito bonita. É uma cidade muito boa para se sobreviver", expressou a empreendedora que tem na comercialização de comidas típicas sua fonte de renda.

Na avenida Cônego Domingos Maltês, próximo da praça Nossa Senhora da Conceição, está localizado outro ponto tradicional de Macapá, a ‘Lanchonete da Tia Nenê’. Especializado na venda de deliciosos salgados, o lugar é parada obrigatória para os amantes de uma boa coxinha, um pastel de vento adubado e sucos feitos com frutas da estação.


Anderson Silva de Queiroz é neto da tia Nenê, e está à frente do negócio desde que sua avó faleceu há 25 anos. Em suas recordações ele conta que tudo começou como um passatempo em um ponto tímido na esquina da Feliciano Coelho, e logo o tempero da dona Nenê agradou quem passava pelo cruzamento fazendo com que ela mudasse de endereço, onde permanece há 45 anos.


“A lanchonete tem uma faixa de uns 45 anos, começou com uma vendinha lá na esquina da Feliciano Coelho, e com o passar dos anos passou para esse ponto atual, e até hoje se encontra aqui. Foi como se fosse um passatempo dela, que com o tempo ficou e se profissionalizou, e passou para gerações e até hoje estamos aqui dando continuação”, contou.

Anderson também diz que não pensa em deixar a tradição da lanchonete acabar, muito movimentada, ele conta que já viu gerações passarem pelo estabelecimento.


“Desde quando me entendo por gente, eu sempre trabalhei nesse ramo e nunca tive interesse em outro. Até nossos fregueses falam, que a gente tem que continuar, o incentivo deles também. De vez em quando tem relatos aqui: já vim desde criança, e agora estão trazendo os netos.”, revelou.

A lanchonete não faz parte só da vida do Anderson, o Elvis também mantém uma relação afetiva com o lugar, frequentador do espaço há 30 anos ele já chegou a comemorar o aniversário do filho com as delícias encomendadas da Tia Nenê.


“Eu frequento aqui a Tia Nenê há bastante tempo, é um ponto que já se tornou turístico na questão gastronômica onde a gente delícia vários salgados e comidas típicas de primeira qualidade. Cerca de 25 anos atrás eu comemorei o aniversário de um dos filhos meus, eu vim aqui pedir para ela preparar o vatapá, o risoto e toda a comida que eu ia servir, porque a gente sabe que aqui é de boa qualidade, sempre frequentei e sabia do poder gastronômico que ela tinha, graças a Deus ela nos serviu e foi muito legal”, compartilhou Elvis.

E é criando memórias afetivas que Macapá chega aos seus 267 anos de sabores, histórias, tradições e sendo encantadoramente deliciosa de se viver.


Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page