Anita Flexa
44 conselheiros integram o colegiado para o período 2024 a 2026
No fim da tarde desta terça-feira, 06, no Anfiteatro da Fortaleza de São José de Macapá, o governador Clécio Luís deu posse aos novos conselheiros do Conselho Estadual de Política Cultural. Ao todo, 22 conselheiros da sociedade civil, eleitos, e 22 conselheiros indicados pelo poder público integram o novo biênio 2024-2026.
O Conselho tem como função principal a formulação de estratégias e o monitoramento da execução das políticas públicas culturais. Além disso, o colegiado é responsável por propor as diretrizes gerais dos planos de cultura com base nas orientações definidas em audiências públicas. O Conselho é um órgão colegiado de deliberação, normatização, orientação e fiscalização das atividades culturais no Estado do Amapá. Ele está vinculado à Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
Secretária de estado da Cultura, Clícia Vieira Di Micell
A secretária de estado da Cultura, Clícia Vieira Di Micelli, explica que o processo eleitoral envolve a escolha de representantes de diversos segmentos artísticos e culturais, como teatro, música, audiovisual e cultura indígena. Cada segmento se organiza para eleger seu representante, um processo liderado pela sociedade civil. Em seguida, ocorre a nomeação dos conselheiros do poder público, que é feita diretamente pelo governador, em diálogo com os segmentos sociais.
“A gente, enquanto Secretaria de Cultura, também leva essas informações para que ele possa fazer a melhor escolha possível. Então, são 22 conselheiros da sociedade civil, eleitos, e 22 conselheiros do poder público. O ano passado, quando o governador assumiu, ele nomeou, ele garantiu a paridade, esse foi um avanço muito grande, havia paridade em números de cadeiras, mas não havia paridade nos segmentos, e acabava ficando desproporcional a representatividade”, explica Clícia.
O Conselho tem como função principal a formulação de estratégias e o monitoramento da execução das políticas públicas culturais
Entre os novos membros, Joelson Alencar foi eleito como titular na categoria cultura popular e matriz africana. Com uma longa história ligada à área, Joelson é babalorixá e marcador da quadra junina amapaense, integra o semento desde criança e pretende dar continuidade na representação de sua área.
“Esse leque de ativismo cultural a gente acaba trazendo mais experiências e com certeza dentro do segmento da cultura popular e matriz africana eu vou fazer de tudo e dar o meu melhor por conta da indicação e o meu segmento também merece”, diz Joelson.
Outro membro da conselho é a Mãe Grazi que toma posse pelo segundo ano consecutivo e pretender dar continuidade aos trabalhos que vem realizando no segmento de cultura quilombola e festas tradicionais.
“O que a gente quer no presente momento é a efetivação da cadeira de povos tradicionais, para que a gente consiga lutar realmente, para ter essa visibilidade e acabar com esse estereótipo, esse estigma de que Macumbeiro é devoto, é cultuador do diabo, isso não é coisa nossa, isso é coisa das religiões neopentecostais, e não são todas as religiões neopentecostais que têm essa propaganda com relação aos povos de terreiro”, afirma Mãe Grazi.
O governador do Amapá, Clécio Luís, que deu posse aos novos conselheiros
“Então, além da posse, a gente vai apresentar uma síntese do nosso planejamento com tudo aquilo que nós construímos durante esse ano e meio e aquilo que a gente vai apresentar. Como orçamento, obras, enfim, editais, tudo o que nós estamos preparando para ter a cultura como sempre tivemos, né? Na prefeitura era assim também e agora no governo começam a aparecer os primeiros resultados como carro-chefe da nossa política. A cultura vai ser o fio condutor de toda a nossa política da educação, da saúde, da segurança e vai estar presente em todos os lugares”, finalizou o governador.
Ainda na posse, quem esteve presente presenciou exposições de artes plásticas, feiras de artesanatos e diversas apresentações culturais entre danças, desfiles de moda, música e outros.
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