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Governo do Amapá e comunidades indígenas unem forças para proteger a mandioca e garantir sustento no Oiapoque

  • svioalmd4
  • 17 de jun.
  • 3 min de leitura

Edy Wilson Silva


RURAP
A iniciativa responde a uma solicitação do Conselho de Caciques e contempla ações de incentivo à produção, comercialização e ao fortalecimento das organizações comunitárias
A iniciativa responde a uma solicitação do Conselho de Caciques e contempla ações de incentivo à produção, comercialização e ao fortalecimento das organizações comunitárias

Cerca de 400 famílias indígenas do Oiapoque serão beneficiadas com apoio à produção rural e combate à praga da mandioca, por meio de um contrato de R$ 4,7 milhões assinado nesta segunda-feira, 16 de junho, no Palácio do Setentrião, em Macapá.


O recurso será executado pelo Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) e pela Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), por meio do Programa ATER Socioambiental para Famílias de Povos Indígenas do Oiapoque. A iniciativa atende a uma demanda do Conselho de Caciques e inclui incentivo à produção, comercialização e fortalecimento das organizações comunitárias.


O governador do Amapá, Clécio Luís, explicou os desafios e as ações em curso para enfrentar a praga que ameaça a base alimentar das comunidades indígenas:


"É um fungo. Estamos orientando a não usar áreas contaminadas, mas sim abrir outras áreas de roça, com espécies que estão em estudos. Temos duas espécies resistentes a essa praga, que está em fase experimental. O Estado tem garantido assistência técnica e incentivado outros cultivares que não são afetados pela praga. Além disso, o Governo do Estado tem entrado com assistência social, ajuda humanitária, cestas básicas, tudo que é necessário para que eles não fiquem desamparados. A mandioca não é apenas uma comida, ela é a base alimentar do nosso povo, tanto o amazônico quanto os indígenas.”

O diretor da Anater, Camilo Capiberibe, destacou que os recursos são resultado de uma articulação entre os governos federal e estadual, com foco na retomada da assistência técnica indígena:


"É uma parceria do Governo Federal com o Governo Estadual. São recursos de emenda parlamentar de minha autoria, quando eu era deputado federal. Eu coloquei R$ 1 milhão, o Governo Federal colocou mais R$ 1 milhão, e o Governo do Estado entra com sua contrapartida, que vai chegar a quase R$ 3 milhões. A assistência técnica indígena é retomada. Tem também o fomento que o MDS entra para poder financiar o projeto produtivo, fomento de R$ 4,6 mil para as famílias que estiverem dentro dos critérios para poder receber esses benefícios. Essa política vem para dar uma solução. Eu queria agradecer à parceria do governador Clécio Luís. O Governo Federal se empenhou muito para esse momento. A Anater é executora, em parceria com o Rurap, mas tem o apoio essencial do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Ministério do Desenvolvimento Social.”

O cacique Gilmar Nunes Andrade, do Conselho de Caciques de Oiapoque, reforçou a importância do apoio para combater a praga da mandioca e garantir o sustento tradicional:


"Nosso trabalho é tentar minimizar um pouco a doença da praga da mandioca, fazendo manejo, pesquisa, monitoramento dentro da roça da terra indígena. Com esse apoio do governo, a gente vai trabalhar ainda mais para combater essa praga. O nosso maior foco é na mandioca, porque a nossa agricultura é mais a mandioca, e isso garante o nosso sustento da família".

O investimento representa mais que recursos financeiros, simboliza a presença efetiva do Estado e o respeito à cultura e à segurança alimentar dos povos indígenas do Oiapoque, garantindo que suas tradições e modos de vida continuem firmes e respeitados.


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