Governador Clécio Luís defende exploração do petróleo como motor para o desenvolvimento sustentável do Amapá em evento sobre a Margem Equatorial
- svioalmd4
- 26 de mar.
- 3 min de leitura
Marcelo Guido

O Governador do Estado, Clécio Luís, participou, na quarta-feira (26), em Brasília (DF), da abertura do evento "Margem Equatorial e Políticas Públicas", realizado pelos portais Brasil 247 e Agenda do Poder, com a presença de diversas autoridades e especialistas. O evento discute o potencial econômico e os desafios ambientais relacionados à exploração de petróleo na Margem Equatorial, região marítima que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte.
Em sua fala, o chefe do executivo apresentou os números positivos do estado e destacou que o Amapá é o maior ativo ambiental do Brasil.
“Eu poderia fazer várias abordagens, mas vamos lá, o Amapá é o estado mais preservado do Brasil, os números podem oscilar entre 93 ou 97 por cento da floresta nativa em pé, e esse é um número espetacular. Nós temos 81 anos entre território federal e estadual, somos o estado mais protegido, 73,5% por alguns institutos legais que são parques nacionais ou estaduais, temos proteção de todo tipo, somos o primeiro estado a demarcar todas as terras indígenas, não temos nenhum histórico de conflito, números positivos que tornam o estado o maior ativo ambiental do Brasil”, contou.
No decorrer do seu discurso, Clécio lembrou que, apesar dos números ambientais positivos, o Amapá é o estado com os piores indicadores sociais da federação.
“Mas, olha só, nós somos o estado com os melhores indicadores ambientais e o estado com os piores indicadores sociais e econômicos. E a gente passa uma péssima mensagem para o mundo, para a juventude. Enfim, qual é a mensagem que a gente está passando? É a seguinte: 'Olha, sabe ali quem preservou, quem protegeu? Então, continua na pobreza. Mas quem devastou, quem desmatou, quem fez o que quis, está rico.' Essa é a mensagem que a gente passa hoje. E nós podemos passar uma mensagem bem diferente. Olha como valeu a pena preservar, proteger, não desmatar, seguir criando e construindo alternativas econômicas a partir da sua condição ambiental".
No encerramento, Clécio Luís defendeu a exploração do petróleo como uma alternativa segura para melhorar a vida dos habitantes do Amapá e acredita no desenvolvimento sustentável.
“Então, para finalizar, somos o estado com esses ativos ambientais, fizemos o nosso dever de casa e queremos ter o direito de diversidade, nos desenvolvermos com dignidade, e eu repito, para não ficar nenhuma dúvida, nos desenvolvermos a partir de bons negócios, negócios verdes, azuis, sustentáveis. O nome pouco importa, no final das contas. Por tudo que sei, por tudo que está acontecendo, dia 7 a vistoria no centro de despetrolização animal, de que logo, logo nós teremos essa licença que já poderia ter sido dada há muito tempo. Muito tempo”, encerrou.
Estimativas do Ministério de Minas e Energia apontam para a existência de 10 bilhões de barris de petróleo na região, o que pode significar um investimento de R$ 280 bilhões e a geração de 350 mil empregos. As participações governamentais decorrentes da exploração podem ultrapassar R$ 1 trilhão, alavancando investimentos em infraestrutura, saúde e educação.
O evento teve a transmissão ao vivo pela TV 247 e cobertura da mídia especializada, reunindo especialistas, autoridades públicas e representantes do setor de óleo e gás. A programação incluiu quatro painéis temáticos que abordaram desde a segurança energética até a transição para fontes renováveis e o impacto dos royalties nas políticas públicas.
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