Marcelo Guido

A iniciativa resulta de uma parceria entre o Governo do Amapá e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com o objetivo de fomentar a pesquisa e a tecnologia no estado. O Governo do Amapá está investindo no fortalecimento da ciência e tecnologia ao complementar, com recursos do Tesouro Estadual, o financiamento de Bolsas de Produtividade em Pesquisa.
A iniciativa, coordenada pela Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapeap) em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), amplia significativamente as oportunidades para pesquisadores de alto nível vinculados às instituições de ciência e tecnologia do estado.

O diretor-presidente da Fapeap, Gutemberg Silva, esteve presente nos estúdios da RDM e explicou quais profissionais poderão concorrer a essas bolsas.
“Essas bolsas são para professores que já têm uma carreira consolidada no âmbito da ciência, vamos dizer assim, vocês já têm, é orientador de mestrado, doutorado, tem vários artigos científicos relevantes publicados, enfim, tem uma carreira, tem grupo de pesquisa em rede, acessa financiamentos no Brasil, no exterior, e a janela de avaliação, ela é, para quem vai submeter para entrar agora, é de 5 anos. Então, são 5 anos da sua vida acadêmica, ou seja, tudo que você fez é avaliado, você tem, de fato, um perfil para se tornar um bolsista de produtividade”, contou.
O gestor falou ainda sobre a expectativa da fundação para o preenchimento dessas vagas.
“Nós que fazemos parte desse ecossistema, a gente já conhece essa modalidade de bolsa há muito tempo, mas pouco concorremos, porque a gente, em geral, demora quatro, cinco, seis anos para conseguir entrar como bolsistas de produtividade, especialmente aqui da região Norte do Amapá. Mas agora, com essa complementação do governo do Amapá, eu acredito que o número de submissões vai aumentar e muito, porque nós temos divulgado que, além do recurso pago pelo governo federal, o governo do Amapá vai complementar, vai complementar com até 16 bolsas a mais. Você tem ideia hoje? Hoje o governo federal, de todas as mais de 15 mil bolsas, somente 11 são de amapaenses, então a gente está propondo aí mais que duplicar o número de bolsas de produtividade, contando, é claro, que o CNPq aprove algumas dessas bolsas e a gente complemente com até essas 16. Então a ideia é, de fato, ter muita gente concorrendo para a gente ter ainda muito mais bolsistas de produtividade”, concluiu.
O programa busca corrigir uma desigualdade histórica no acesso a esse tipo de incentivo. Embora muitos pesquisadores amapaenses atinjam a excelência nas propostas, grande parte não consegue estar na lista final de beneficiados por falta de recursos suficientes do Tesouro Federal para atender a todos os projetos considerados financiáveis.
Na seleção mais recente, em 2022, apenas três bolsistas do Amapá conquistaram esse reconhecimento. Com esse reforço estadual, o Amapá terá o potencial de triplicar a quantidade de cientistas com acesso ao financiamento.
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