Falta de segurança em estádio impede torcedores de acompanharem partida de futebol entre Mazagão e Vasco
- svioalmd4
- 2 de abr.
- 3 min de leitura
Marcelo Guido
O jogo entre Mazagão e Vasco, pelas quartas de final da Copa do Brasil Sub-17, realizado na última terça-feira (1º) em Macapá, não contou com a presença de público nas arquibancadas do Estádio Municipal Glicério de Souza Marques.
Localizado no centro da cidade, o estádio, em tese, teria atraído um grande público, visto que o torneio é nacional e que um grande clube brasileiro estaria presente em Macapá. Contudo, contrariando as expectativas, o local da partida ficou com os portões fechados devido à falta de laudos de segurança exigidos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá, Coronel Pelsondré Martins da Silva, esteve presente no “Bom Dia Difusora” e explicou a situação.
“O Estádio Glicério Marques passou por uma reforma há mais de dois anos, e até então a administração do estádio não entrou com o projeto de segurança conforme o plano do Corpo de Bombeiros. Na terça-feira, à tarde, teve um jogo importante entre Vasco e Mazagão, e a Prefeitura tem conhecimento desse jogo há mais de 40 dias, já que o jogo foi marcado no dia 22 de fevereiro. No entanto, a Prefeitura não tomou nenhuma providência para regularizar a situação com o Corpo de Bombeiros. No sábado, dia 27, à noite, fui procurado por um representante do estádio para fazer uma liberação para a emissão do Alvará, por uma exigência da CBF. O estádio em si não está interditado, mas a CBF, para fazer a liberação, precisa de uma série de licenças. Entre esses licenciamentos, consta o alvará do Corpo de Bombeiros. Então, a Prefeitura teve 40 dias para procurar o Corpo de Bombeiros e regularizar a situação, mas só fez isso um dia útil antes da realização do jogo no estádio. Então, no primeiro dia útil, na segunda-feira, deslocamos uma equipe para o estádio para fazer a vistoria. A equipe de vistoria se deparou com uma série de irregularidades, que posso citar aqui: falta do sistema de para-raios, saídas de emergência mal direcionadas, questões do parapeito da arquibancada com altura incompatível com a norma, muito baixa, representando um risco sério de pessoas caírem de cima em algum momento de alegria. Então, devido a essas séries de dependências, o relatório foi emitido no sentido de não liberar o alvará e foi notificado para que fossem feitas as correções”, contou.
O Coronel aproveitou a oportunidade e desmentiu a fake news que atribuía a responsabilidade pela interdição ao Governo do Estado.
“No dia em que fomos muito atacados, fui surpreendido com um vídeo do secretário do esporte do município acusando o governador de ter impedido o público de entrar no estádio. O governador não faz vistoria; quem faz vistoria é o Corpo de Bombeiros. Então, na verdade, o que ele está dizendo é que o Corpo de Bombeiros é um instrumento político, foi usado como instrumento político para barrar uma partida de futebol por uma questão política. O que é um absurdo. Temos um compromisso com a segurança; todas as nossas medidas são baseadas em lei, em uma legislação e em normas internas do Governo do Estado”, informou.
Na última segunda-feira (31), em vistoria realizada pelo Corpo de Bombeiros do Amapá, solicitada pela Prefeitura de Macapá no dia 27 de março de 2025, a Diretoria de Segurança Contra Incêndio e Pânico (DISCIP) informou que não foi concedida a certificação (alvará de funcionamento) devido a diversas inconformidades com as normas de segurança.
O resultado do jogo não foi o mais agradável para o time local. O Vasco acabou vencendo pelo placar de 3x1. As equipes se encontrarão novamente no próximo dia 15, no Rio de Janeiro, para a partida de volta, onde o Vasco jogará pelo empate.
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