Jamile Moreira

Em Oiapoque, a Petrobras apresentou ao governador Clécio Luís, a estrutura de pronta resposta para eventuais acidentes durante a pesquisa e futura exploração de petróleo na Costa do Amapá. O plano de segurança é o maior do Brasil e recebeu investimentos superiores aos aplicados em bacias do Sudeste, que contam com centenas de poços e 66 plataformas em operação.
A iniciativa atende aos requisitos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o licenciamento da área e inclui uma sonda, 12 embarcações, três helicópteros, um Centro de Defesa Ambiental e dois Centros de Despetrolização e Reabilitação de Fauna: um em Belém, operando desde 2023, e outro em Oiapoque, que será finalizado no primeiro trimestre deste ano.
"Esse é um centro de despetrolização, uma espécie de hospital de fauna, para que, se um dia, eventualmente, tiver algum acidente, um vazamento teremos aqui em Oiapoque esse centro para receber os animais que eventualmente forem afetados por esse derramamento,, existe parte ambulatorial, parte de triagem e tanques. É um hospital de animais que só será usado em caso de acidente de vazamento de petróleo. Faz parte das exigências feitas pelo IBAMA, é a única que está faltando, e já está bem avançado, com 60% e imaginamos que no final de março já esteja pronta, com isso nós aguardamos o licenciamento final do IBAMA", destacou o governador Clécio Luís.
No total serão seis embarcações de resposta à fauna, com veterinários e profissionais de prontidão, explicou o governador. O governador também falou do processo que foi realizado para que o Amapá pudesse realizar pesquisas para a exploração de petróleo.
“Tivemos muitos percalços, muitos deles desnecessários, mas enfrentamos todos, confiantes o tempo todo. Não descansamos e o resultado vai aparecer e se Deus quiser o Amapá será um estado produtor de petróleo e isso vai mudar completamente a economia e a vidas das pessoas”, finalizou Clécio.
As duas bases de acolhimento à fauna são as últimas condições para obter a licença de exploração na região. As pesquisas e estudos sobre o potencial do petróleo na Margem Equatorial, que abrange áreas do Amapá ao Rio Grande do Norte, estão concentrados exclusivamente a mais de 2,8 mil metros de profundidade. A Petrobras já perfurou mais de 3 mil poços nessas condições sem causar qualquer dano ao meio ambiente.
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