Direção do Iapen apresenta balanço da 7ª fase da operação ‘Mute’ de combate à comunicação ilícita em penitenciárias
- svioalmd4
- 24 de mar.
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Janete Carvalho

O balanço da 7ª fase da operação "Mute", realizada em todas as capitais, foi apresentado nesta segunda-feira (24) pela direção do Instituto de Penitenciária do Estado do Amapá (Iapen). As ações são realizadas pelo Ministério da Justiça e têm como objetivo identificar e retirar celulares das unidades prisionais, barrando a comunicação de grupos criminosos e reduzindo os índices de violência nas cidades.
No estado do Amapá, a ação foi intensificada durante três dias. O diretor-presidente do IAPEN, Luis Carlos Gomes, falou sobre o resultado da operação.
“Durante essa sétima fase, nós apreendemos 31 aparelhos celulares, substâncias entorpecentes e alguns instrumentos perfurocortantes fabricados dentro do sistema penitenciário utilizando pedaços de ferro e madeira, que são encontrados dentro da penitenciária. Os aparelhos celulares nas mãos dos criminosos são uma arma que permite a aplicação de golpes, colocando a população refém desses criminosos, além de possibilitar a articulação e execução de crimes violentos relacionados a homicídios e ao tráfico de drogas”.
O diretor explicou que a entrada de aparelhos celulares na penitenciária, na maioria das vezes, ocorre por meio de visitantes e que novos efetivos devem reforçar o combate a essa prática ilícita no local.
“Em relação à corrupção de servidores, isso também é um fato que tratamos como vulnerabilidade, uma vez que estamos falando do crime organizado, que possui poder econômico para corromper os servidores. Durante esses dois anos à frente da penitenciária, realizamos prisões de policiais que estavam facilitando a entrada de materiais ilícitos. O que nós pretendemos agora com a entrada de novos policiais é oxigenar o sistema penitenciário, porque grande parte desses aparelhos entra devido a falhas na organização do sistema. Estamos reavaliando as regras para os visitantes. Também é fato que parte desses aparelhos e substâncias entorpecentes entram por meio de visitantes, além das situações de arremessos, que temos constantemente divulgado”.
Durante essa fase, foram revistadas 31 celas. Os presos encontrados na posse de celulares responderão administrativamente por falta disciplinar, podendo ficar isolados durante 30 dias. Caso a justiça reconheça essa infração, o preso poderá regredir para o regime fechado.
A ação nacional foi coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penitenciárias (Senappen-MJ). No Amapá, o trabalho foi realizado pelo Iapen, sob comando da Gerência de Inteligência da Polícia Penal, com apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais da Polícia Civil.
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