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Com o tema "Tributo à Grande Mãe", Festival de Iemanjá é celebrado às margens do Rio Amazonas

Janete Carvalho


IEMANJA

A celebração destacou a importância do combate à intolerância religiosa
A celebração destacou a importância do combate à intolerância religiosa

O festival de Iemanjá reuniu, no último final de semana, integrantes de 87 casas de religiões de matriz africana para celebrar a "Rainha do Mar". No domingo, 2, a programação aconteceu na Orla de Macapá, no bairro Cidade Nova.


A celebração teve como foco principal o combate à intolerância religiosa. O ponto alto da programação foi marcado pela entrega das oferendas a Iemanjá às margens do Rio Amazonas.


Presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos
Presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos

Josilana Santos, presidente da Fundação Marabaixo, falou da importância do evento, que, além do Amapá, é celebrado em outras cidades do Brasil.


“O Brasil celebra as suas grandes capitais negras, Salvador, Rio de Janeiro, Recife, Pernambuco, estão respirando essa culturalidade da celebração sobre essa grande mãe que é Iemanjá, e essa Amazônia que é tão negra, tão ancestral, não fica atrás, o governo do estado sai na frente demarcando o que determina o plano nacional de políticas públicas para os povos e comunidades tradicionais, terreiros e de matriz africana, então é um marco. Seis municípios realizam no estado do Amapá o Festival de Iemanjá, que há 18 anos era somente Macapá. Mazagão fez há dois anos, esse ano Santana, Calçoene, Oiapoque e Laranjal do Jari fazem parte dessa programação. Eu acredito que fomentar políticas públicas como esse evento é muito grande.”

Anolinda Barros, conhecida como Ekead Yair Janilá, da Casa do Pai Bonjurê, localizada no Bairro Açaí, zona norte de Macapá, destacou que a valorização do festejo vai além da fé dos participantes.


“É muito importante para gente porque antecede o aniversário da cidade, tanto para ambos, e antes cada casa fazia a sua, e agora nós fomos valorizados pelo governo em geral, e isso é uma satisfação pra gente. A gente agrega as pessoas a cultuar junto com a gente o Deus é único, só que nós louvamos os nossos antepassados, e uma delas é a Iemanjá.”

Anolinda explicou ainda o significado do ritual e da oferenda a Iemanjá.


“O ritual da oferenda a Iemanjá é como a gente fosse entregar um presente pra ela, e como a gente não consegue vê-la como humana, pelo menos no candomblé, ela vem como uma energia da natureza, onde os rodantes, os médios de incorporação conseguem incorporar aquela energia, nós conseguimos entregar pessoalmente. Mas, no geral, a gente vai até a água, no caso, até o mar, e como a gente mora próximo ao rio, ela também existe lá, é a essência dela.”
O festival de Iemanjá reuniu integrantes de 87 casas de religiões de matriz africana para celebrar a "Rainha do Mar"
O festival de Iemanjá reuniu integrantes de 87 casas de religiões de matriz africana para celebrar a "Rainha do Mar"

O festival de Iemanjá foi organizado pela Federação de Cultos Afro-religiosos de Umbanda e Mina Nagô (Fecarumina) e contou com investimentos do governo do Amapá, além do apoio da Secretaria de Estado da Cultura do Amapá (Secult) e da Fundação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Feppir-Fundação Marabaixo).

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