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Com grande festa e rufar de caixas, Ciclo do Marabaixo 2025 é lançado oficialmente em Macapá

  • svioalmd4
  • 10 de abr.
  • 3 min de leitura

Jamile Moreira


O tradicional Ciclo do Marabaixo será celebrado entre o "Sábado de Aleluia", em 19 de abril, e o “Domingo do Senhor”, em 22 de junho
O tradicional Ciclo do Marabaixo será celebrado entre o "Sábado de Aleluia", em 19 de abril, e o “Domingo do Senhor”, em 22 de junho

A maior manifestação cultural do Amapá, o Marabaixo, teve seu ciclo 2025 oficialmente lançado na tarde de quarta-feira, 9 de abril, quando o Governo do Amapá e os grupos culturais divulgaram a programação deste ano, que tem como tema o centenário de Benedita Guilherma Ramos, a Tia Biló, matriarca do Marabaixo do Laguinho, falecida em 2021, aos 96 anos.


Neste ano, foram investidos R$ 2,5 milhões, sendo R$ 2 milhões de recurso estadual e R$ 500 mil do mandato do senador Randolfe Rodrigues. Durante o lançamento, o governador Clécio Luís falou dos investimentos e da estrutura montada pelo Governo do Estado, que, pelo terceiro ano consecutivo, garante a Central do Ciclo do Marabaixo: um espaço montado no Centro de Cultura Negra, para que os grupos possam mostrar o que é realizado nos barracões durante o ciclo.


“Vamos ter três barracões na Favela, dois no Laguinho e dois da área rural, sete famílias, sete barracões que vão receber recursos, apoio para realizar as festividades do ciclo do Marabaixo. Além disso, há uma série de atividades que atravessam o ciclo, inclusive, que vão desde documentário, revistas, material digital sobre o Marabaixo, Marabaixo nas escolas, uma série de atividades. Ao todo são 11 atividades diferentes durante o ciclo do Marabaixo e que atravessam o ciclo para que a gente possa cada vez mais valorizar, fomentar, incentivar, divulgar essa expressão que nós consideramos a maior expressão cultural do povo amapaense, o Marabaixo. O papel do Estado, que tem como política pública, proteger a memória, a identidade, tem no Marabaixo a sua maior expressão, tem no nosso patrimônio histórico, nosso patrimônio cultural, a fortaleza do que a gente faz, e depois a gente avançar para os outros segmentos. Então, é muito importante para nós esse apoio, ele é muito especial e eu tenho certeza que ele está dando frutos, frutos que não começaram comigo, frutos que começam com os mais velhos e que contagiou a juventude levando adiante esse que é o nosso maior traço cultural do Amapá”.

Outra novidade no ciclo deste ano é a realização de eventos esportivos e o lançamento de edital para credenciamento das festas tradicionais do Marabaixo. A professora Hildima Ramos ressaltou a importância desses investimentos para preservar a manifestação cultural para as próximas gerações.


“Acho muito importante a perpetuação dessa cultura, porque foi trazido pelos nossos ancestrais e até hoje a gente ouvia dizer o Marabaixo vai acabar, e no outro ano ele estava forte e fortíssimo e agora com a ajuda do governo, do senador Randolfe e outros parceiros a gente acredita que o Marabaixo que é a nossa autêntica manifestação cultural não vai ser esquecido”.

Marabaixeira da Associação Cultural Raimundo Ladislau, Beth Dias, falou da emoção de vivenciar mais um Ciclo do Marabaixo e de preservar a tradição ancestral em sua família, que mais uma vez realizará rodas de Marabaixo.


“O coração fica a mil, todo ano, quando começa o ciclo do marabaixo, o coração fica a mil. A gente se prepara logo para receber o mastro lá na casa da minha mãe, a murta do Divino [Espírito Santo] e da Santíssima Trindade. O marabaixo é tudo, e o coração pulsando, é a nossa tradição, é a nossa mais autêntica dança do marabaixo que a gente vem desde os nossos ancestrais e está levando adiante”.

Os festejos do Ciclo do Marabaixo iniciam no "Sábado de Aleluia", 19 de abril, e seguem até o “Domingo do Senhor”, em 22 de junho. As rodas de Marabaixo serão realizadas nos barracões da Associação Raimundo Ladislau, Associação Zeca e Bibi Costa, Santíssima Trindade da Casa Grande, União Folclórica de Campina Grande, Berço do Marabaixo, Marabaixo do Pavão e Raízes da Favela Dica Congó.


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