Com aprovação do Ibama, Clécio Luís comenta avanço decisivo para exploração de petróleo no Amapá
- svioalmd4
- 20 de mai.
- 3 min de leitura
Janete Carvalho

O governador do Amapá, Clécio Luis, anunciou em entrevista à Rádio Difusora de Macapá que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou, nesta segunda-feira (19), o plano apresentado pela Petrobras para mais uma etapa rumo à futura exploração de petróleo na costa do Amapá.
Desta vez, a licença liberada foi para a realização de vistorias e simulações de resgate de animais da fauna oleada, que testarão, na prática, a capacidade de resposta em caso de acidentes com derramamento de óleo.
O governador Clécio explicou que, para se chegar a essa fase, todos os rigores do licenciamento foram cumpridos pela Petrobras, conforme exige o processo de exploração petrolífera.
“Todos os pré-requisitos do licenciamento foram cumpridos pela Petrobras, todos, quando não tinha mais, criaram outros, como, por exemplo, mais um hospital de fauna que foi construído no Oiapoque. Agora, essa nota do IBAMA ontem foi muito importante, porque aprovou o conceito de funcionamento do hospital, a forma de como vai ser a abordagem de funcionamento deles, o que libera a gente para um próximo passo, que é o passo de fazer um exercício de simulação de acidente, vai ser a maior operação de simulação de acidente, de derramamento de óleo do planeta. Vai envolver 400 pessoas diretamente, só da Petrobras, fora outros envolvidos, embarcações, defesa civil, para fazer uma simulação de um grande acidente e fazer tudo o que for necessário para caso isso ocorra um dia, e é bom que se diga que nunca ocorreu para quem está ouvindo a Difusora.”
Com mais de 6 mil poços perfurados em águas profundas, o governador afirmou que a Petrobras sempre manteve todos os cuidados para que não ocorra nenhum acidente, e que a continuidade do processo de licenciamento dependerá da verificação em campo e do Plano de Emergência Individual. Após isso, a expectativa é grande para a instalação de novas empresas e a geração de empregos.
“A Petrobras está preparada para caso ocorra, nunca ocorreu, tem um plano já para isso, agora vai ser feita a simulação para ajustar o plano, com isso a gente parte para a pesquisa propriamente dita, que vai levar mais uns seis meses, e aí depois disso, se Deus quiser, vamos ter a decisão de produzir petróleo no Amapá, o que muda tudo na economia do Amapá, e se nós fizermos como vamos fazer, com muita responsabilidade ambiental, a gente vai ter um navio plataforma produzindo petróleo e de tempos em tempos esse petróleo vai ser retirado para as refinarias. A ideia é que a gente tenha uma refinaria depois aqui no Amapá, e vai gerar empregos, empresas novas se instalarão aqui, vai abrir novas frentes de trabalho, vão ser novas profissões, técnicos, fornecedores locais vão se engajar nesse processo produtivo, fornecedores que não são daqui virão para o Amapá, isso é muito importante.”
Clécio destacou que, após a liberação definitiva, o petróleo será apresentado ao mundo, junto com os planos do estado para a utilização dos recursos.
“Vamos criar um fundo soberano e dentro desse fundo o que vai para o meio ambiente para manter a floresta em pé, o que vai desse fundo para fazer pesquisa aplicada, para que a gente tenha cada vez mais produtos da nossa biodiversidade gerando empregos éticos, produtos éticos da nossa biodiversidade, o que vai por exemplo para os povos indígenas do Oiapoque, para a infraestrutura, o que vai para servidores públicos, vamos apresentar um plano para mostrar a nossa responsabilidade. Acredite, você que está vendo ou ouvindo a Difusora, muda tudo na economia do Amapá, eu fui aos Estados Unidos com a presidenta da Petrobras, estamos trabalhando muito, mesmo contra a vontade de alguns, mesmo só falando da boca para fora, mas torcem contra, nós estamos trabalhando e vai dar certo, se Deus quiser.”
De acordo com a Petrobras, essa é a última etapa prevista no processo de licenciamento no Ibama para perfurar um poço exploratório na região da Margem Equatorial, a 500 km da foz do rio Amazonas e a mais de 160 km da costa.
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