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Clécio Luís homenageia Carlinhos Brown e celebra cultura do marabaixo com Prêmio Mestre Jorge

  • svioalmd4
  • 27 de mai.
  • 3 min de leitura

Jamile Moreira


CULTURA

O governador Clécio Luís entregou o título de Embaixador do Marabaixo ao artista Carlinhos Brown e homenageou 120 tocadores de batuque com o Prêmio de Cultura Mestre Jorge
O governador Clécio Luís entregou o título de Embaixador do Marabaixo ao artista Carlinhos Brown e homenageou 120 tocadores de batuque com o Prêmio de Cultura Mestre Jorge

Na última segunda-feira, 26, o governador do Amapá, Clécio Luís, realizou a entrega do título de Embaixador do Marabaixo ao artista Carlinhos Brown e homenageou 120 tocadores de instrumentos de batuque com o Prêmio de Cultura Mestre Jorge, no Museu Sacaca.


De acordo com o governador Clécio Luís, as honrarias reconhecem a importância do artista no fortalecimento do marabaixo e dos tocadores de instrumentos da maior expressão cultural do Amapá.


“Nós estamos hoje fazendo o reconhecimento do Carlinhos Brown como embaixador do Marabaixo, do Batuque, aqui no Amapá, e esse convite foi feito a ele há mais de um ano atrás, no carnaval do ano passado. Ele veio aqui, fizemos um show, nós conversamos muito sobre o Amapá, sobre as culturas, sobre essa Amazônia negra muito pouco falada. E aí nós fizemos um convite numa Roda de marabaixo que ele aceitasse ser uma espécie de embaixador do Marabaixo para o mundo, e ele topou na hora. E hoje a gente vai conferir esse título do embaixador oficialmente, mas também nós vamos outorgar pelo segundo ano consecutivo, junto com a Academia Amapaense de Marabaixo e Batuque, o título Mestre Jorge. Ano passado foram para quatro barracões, esse ano, para os tocadores de caixa, 120 tocadores de caixas de marabaixo, batuque, de sairé, de zimba, receberão esse prêmio, que é um trabalho da Academia Amapaense de Batuque e Marabaixo, do Governo do Estado, e já agora com a presença do nosso embaixador, Carlinhos Brown”, explicou Clécio.

Cantor, compositor e um dos principais ativistas do movimento negro no Brasil, Carlinhos Brown agradeceu o reconhecimento e reforçou o compromisso de divulgar o marabaixo em todos os espaços nacionais e internacionais de cultura.


“Um título pode vir como responsabilidade, com atenção, mas mesmo não estando intitulado, agora estou como embaixador do marabaixo, eu tinha obrigação como músico e como uma personalidade da cultura para prestar atenção a uma riqueza que é do Amapá, mas que é do Brasil como um todo. O importante aqui é como as famílias se comportam em tradição. O que me motiva aqui é reencontrar células que são necessárias pertencer ao conhecimento do imaginário brasileiro. É uma responsabilidade enorme o povo ter esse olhar de expansão, porque o Marabaixo por si é embaixador dessa cultura e é embaixador do Brasil. E viva essa cultura”, declarou Brown.

Representante do grupo de marabaixo do Quilombo Abacate da Pedreira, Raimunda Vilhena foi uma das homenageadas. Ela, que vive a cultura do marabaixo há 40 anos, falou da emoção de levar para sua comunidade o reconhecimento de todo o trabalho cultural que desenvolve no quilombo.


"Me sinto tão satisfeita, tão feliz. Uma oportunidade única, maravilhosa do nosso governador nos homenagear hoje a nossa cultura, Pra mim, é só orgulho a felicidade hoje é imensa em receber essas homenagens, Você nem imagina quanto vai ser satisfatório eu levar pro meu Quilombo, que eu fui homenageada. Pela minha própria cultura, que é o Marabaixo", declarou dona Raimunda.

O presidente da Academia Amapaense de Batuque e Marabaixo, Marcelo Coimbra, falou sobre a entrega da honraria Mestre Jorge, que ajuda a perpetuar a cultura e valorizar as pessoas que mantêm a história e tradição viva por gerações.


“Esse momento é ímpar. Homenagear essas pessoas em vida tem uma significância muito grande, porque essas pessoas fizeram, fazem e ainda farão por muito tempo a cultura desse estado. A alegria do marabaixo, a alegria do batuque se deve a esses tocadores. São eles que fazem pulsar os corações, são eles que fazem as saias rodarem, mas principalmente são eles que através do som, dos seus instrumentos, conseguem transmitir todo o sentimento de ancestralidade, de espiritualidade, de respeito. A essa cultura, mas principalmente de propagação, de continuidade e de materialidade dessa cultura”.

A honraria Mestre Jorge, pela manutenção das tradições afro-amapaenses, homenageia José Jorge da Silva, um dos precursores da cultura mazaganense, falecido em 2020 em decorrência da Covid-19.


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