Janete Carvalho
O Centro de referência em Acolhimento ás Mulheres Amapaenses, lésbicas, Bissexuais, travesti, Transexuais e intersexo (AMA/LBTI) celebrou na manhã nesta sexta-feira (28), no Dia do Orgulho LGBTQIA+, programação especial pelos 3 anos de fundação, com ação social e cultural aos acolhidos pelo centro e familiares. A coordenadora do(AMALBTI) Simone de Jesus não escondeu a emoção de desenvolver políticas públicas através do centro.
“Há um ano eu recebi esse convite do governador, e foi justamente nesta data 28 de junho dia do orgulho LGBTQIA+, naquela época quando eu assumi, não era núcleo, e hoje nós somos um centro de referência, quando foi criado o AMA eram 10 anos de luta, para que tivesse uma referência para as mulheres LGBTI. E para mim que sou ativista mulher lésbica, preta é uma emoção sem tamanho, por que a gente está aqui com políticas públicas, a gente não está aqui só fazendo festa, a cultura é importante porque temos uma cultura LGBT, e temos que fazer luta com isso, mas nós não somos só isso, nós precisamos ter acesso à política e isso não estava acontecendo, e hoje isso acontece no nosso estado”, ressaltou.
A subsecretária de Política dos Direitos das Mulheres de Minas Gerais, Soraya Romina, esteve presente no evento, ela veio conhecer de perto o trabalho que o centro desenvolve no estado.
“Vim hoje, especialmente para o aniversário do AMA, na expectativa de conhecer o trabalho que é realizado aqui, identificar as boas práticas, a metodologia dinâmica, o fluxo de atendimento às mulheres amapaenses, e dessa forma é poder levar essa experiência para Minas Gerais, eu estou muito bem impressionada com a estrutura, acho que eu vou ter uma imersão aqui no atendimento às mulheres LGBTQIA+, e tenho certeza que Minas e Amapá juntos vão construindo mais possibilidades para assegurar o direito desse público”, explicou.
A travesti Victor Rúbem é formado em engenharia Ambiental, e não escondeu a emoção de participar de um evento tão importante .
“Numa perspectiva de alguns anos para cá, a gente não tinha essa visão de que existia um lugar onde pudesse nos acolher, nos dar esse apoio psicológico, apoio artístico, essa visibilidade, então poder estar aqui hoje, eu como artista, como pessoa LGBT, eu me vejo muito acolhida. Eu me vejo em uma perspectiva de que eu sou um ser humano e não uma pessoa só LGBT, mas um ser humano, estou muito feliz, e eu me sinto muito reconfortada, muito acolhida, muito abraçada”, celebrou.
Durante a programação familiares dos acolhidos pelo receberam atendimentos da secretaria de assistência social do estado e cestas de alimentos. O Centro Ama-LBTI é vinculado à Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres.
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