Campanha "21 Dias de Ativismo contra o Racismo" chega ao Amapá com programação diversificada
- svioalmd4
- 28 de mar.
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Marcelo Guido
Com o apoio do Governo do Estado, Macapá será palco da campanha "21 Dias de Ativismo Contra o Racismo". A campanha é um movimento de mobilização social que busca sensibilizar a sociedade sobre a luta contra o racismo, promover a valorização da cultura negra e fortalecer políticas de igualdade racial.
Realizada anualmente, a iniciativa reúne uma programação diversificada, com atividades presenciais e online, incluindo palestras, rodas de conversa, manifestações culturais, debates e ações educativas, como explica a ativista e coordenadora Andreia Lopes.
“Este evento é um evento que acontece nacionalmente, internacionalmente, que é o 21 Dia de Ativismo Contra a Violência à Mulher, Contra o Racismo. Esse evento ele inicia no dia 7 de março e hoje, 27, é o encerramento dele. Em Macapá ele aconteceu no dia 15 de março na UNA e hoje ele se encerra aqui no barracão da Tia Gertrude. Nossa expectativa é que a gente hoje consiga trabalhar bastante na formação, porque nós estamos recebendo uma turma de pedagogia da UEAP e, fora todas as pessoas que vão passar por aqui, fora nosso primeiro encontro que a gente já teve com a Difusora logo à tarde, na tarde delas, que foi um encontro maravilhoso. Então, a gente recebe hoje várias mulheres do movimento social e que estarão nessa formação, nesse processo. Processo de fala sobre o direito das mulheres, a não violência contra as mulheres e contra o racismo e discriminação”, contou.
Simone Karipuna, uma das participantes do evento, falou sobre a importância de debates como esse na sociedade brasileira.
“E a gente discutir o tema da mulher em várias instâncias. Primeiro o empoderamento, a questão da violência, do preconceito, é algo muito importante porque há uma troca de experiência, de vida e de vivência, mas também esse fortalecimento de que precisamos estar cada vez mais trabalhando para que a gente quebre paradigmas, que é isso que nos traz. Eu sou uma mulher indígena que tenho essa responsabilidade com o meu povo. Eu faço parte de meios que trabalham a saúde da mulher, que trabalham a segurança da mulher, que trabalham o bem-estar mental das mulheres, porque muitas mulheres estão adoecidas, porque a gente não tem tempo, não para para conversar. E ter essa oportunidade de sabermos que se nós não nos juntarmos, a gente não vai conseguir avançar. E tem muitas que estão no silêncio. E nós precisamos utilizar esse mecanismo que é hoje, que nós estamos fazendo, dessa divulgação, é justamente para mostrar para outras mulheres que elas não estão só, que nós estamos aqui e que nós precisamos estar fortalecidas para uma ajudar a outra. De nós para nós, porque o que nos fere também fere a outra”.
Além disso, o evento contará com rodas de conversa, projeção de vídeos e apresentações artísticas, promovendo o diálogo e a conscientização sobre a importância da luta feminista e antirracista.
A campanha tem o apoio de diversas entidades do movimento social e do Governo do Estado.
A escolha do período de 21 dias se baseia na data de 21 de março, quando se celebra o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, instituído pela Organização das Nações Unidas. A campanha tem adesão de organizações sociais, coletivos negros, instituições públicas e privadas, além de ativistas e lideranças que atuam na promoção da igualdade racial em todo o mundo.
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