Jolinda Martel

A Embrapa Amapá promoveu um Painel de Diálogos Amazônicos, na tarde desta quarta-feira, 22 de janeiro, para ampliar o conhecimento da sociedade sobre agricultura e clima.
O evento discutiu o tema Conferência das Nações Unidas, sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em novembro deste ano, em Belém.

A palestra de abertura, intitulada “Agricultura Amazônica Pós COP 30: Oportunidades e Desafios”, foi proferida pelo pesquisador Alfredo Homma, da Embrapa Amazônia Oriental (Pará). Engenheiro Agrônomo, Homma possui doutorado em economia agrícola. Ele fala sobre os desafios com relação à questão de desenvolvimento da Amazônia.
“Eu acho que nós temos aqui um grande desafio como reduzir os desmatamentos e queimados aqui na Amazônia. Acho que nós estamos precisando intensificar essa agricultura que nós temos aqui na Amazônia. Desse 82 milhões de hectares, praticamente 60% são de pastos. Então, nós temos que fazer uma mudança aí no tipo de agricultura, aumentando a produtividade. Precisamos investir na geração de tecnologias, ainda mais assistência técnica, a questão de saúde, de educação”.
A Embrapa está atenta aos desafios e oportunidades para a bioeconomia e a agricultura na Amazônia, no contexto das ações a serem implementadas após a COP 30. Antônio Cláudio, chefe geral da Embrapa do Amapá, fala que está faltando exatamente discutir sobre esses desafios e que seja dado um olhar especial para essa política de apoio, ao pequeno agricultor.
“O Amapá tem a menor participação do PIB da questão agrária do Brasil todo. De toda riqueza gerada no Amapá, apenas 1.5, 1.9 vem das áreas relacionado com a questão rural. O Amapá pode ter muito bem 20% da riqueza gerada com pesca, com extrativismo, com agricultura de grão, com fruticultura, com toda a cadeia produtiva da indústria, várias frutas que nós temos, abacaxi, agora chega o cacau, o café. Então essas culturas, elas podem gerar muita riqueza e o mais importante é que é uma riqueza inclusiva, distributiva”
Foram discutidas durante a palestra políticas de apoio ao pequeno agricultor, para que possa gerar riqueza e contribuir com o desenvolvimento dos municípios do Amapá sem causar danos ambientais.
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