Câmara de Macapá reage à proposta do ICMBio e transfere local de audiência sobre reserva extrativista
- Jolinda Ferreira
- 25 de abr.
- 2 min de leitura
Edy Wilson Silva

A Câmara Municipal de Macapá aprovou nesta quinta-feira, 24 de abril, em caráter de urgência e por unanimidade, Projeto de Decreto Legislativo que transfere para o plenário da Casa a audiência pública sobre a criação da Reserva Extrativista Marinha do Bailique, proposta pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A decisão foi tomada após a confirmação de que o órgão federal realizaria uma audiência no arquipélago do Bailique no dia 3 de maio.
A vice-presidente da Câmara, vereadora Margleide Alfaia, explicou a motivação da medida em resposta à proposta do ICMBio:
“Nós recebemos a notícia de que o ICMBio estaria realizando as audiências públicas, inclusive no Bailique, no dia 3 de maio. Imediatamente, a Mesa Diretora e os demais vereadores tomaram a iniciativa de criar um projeto de decreto legislativo que transfere o local da consulta pública da criação da Reserva Extrativista Marinha do Bailique de Macapá para o plenário da Câmara Municipal de Macapá. Aqui é a Casa do povo. Então, é aqui que os diálogos e debates devem acontecer. A gente vê isso como uma estratégia do ICMBio que tenta a todo custo impedir os estudos e, consequentemente, a exploração do petróleo na margem equatorial, impedindo o avanço econômico do nosso estado.”
A parlamentar reforça que a Câmara de Vereadores de Macapá não é contra a preservação do meio ambiente. Pelo contrário, defende uma exploração sustentável que gere o equilíbrio entre a preservação do bioma amazônico e o desenvolvimento socioeconômico.
“Não é que os parlamentares sejam contra a preservação da natureza. Historicamente, sempre vivemos preservando a natureza, os campos, as florestas. Sempre fomos um povo que olha pela biodiversidade. Mas estamos falando aqui de geração de empregos, da economia, do avanço econômico do nosso estado. Estamos falando de esperança. O povo do Amapá tem esperança de que o nosso estado cresça. Por isso, não vamos permitir que mais um ato desses aconteça sem o conhecimento do nosso povo. Hoje, eu peço que o nosso povo fique atento e acompanhe pelas redes sociais para saber o que está acontecendo.”
A parlamentar lembrou que o pensamento da Câmara está em sintonia com o Governo do Estado e a Assembleia Legislativa, que também defendem que a audiência pública seja realizada de forma ampla, transparente e em Macapá.
A expectativa é de que a audiência ocorra em Macapá com ampla divulgação e participação popular.
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