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Amapá defende a preservação ao meio ambiente, mas aposta na economia de negócios

  • Foto do escritor: Jolinda Ferreira
    Jolinda Ferreira
  • 26 de mar.
  • 3 min de leitura

Edy Wilson

CONFERENCIA


Um dos pontos centrais discutidos no evento foi a necessidade de alinhar preservação ambiental e desenvolvimento econômico.
Um dos pontos centrais discutidos no evento foi a necessidade de alinhar preservação ambiental e desenvolvimento econômico.

Na terça-feira (25), o Governo do Amapá deu início à 5ª Conferência Estadual do Meio Ambiente, com o tema "Emergência Climática: o Desafio da Transformação Ecológica". O evento, realizado no Auditório da 10ª Zona do Tribunal Regional Eleitoral da Zona Norte, reuniu 345 delegados, autoridades e especialistas para debater soluções para as mudanças climáticas e seus impactos no estado.


A conferência, coordenada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), definiu 20 propostas que serão apresentadas na 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, em maio, em Brasília. Os debates foram organizados em cinco eixos: mudanças climáticas, mitigação, adaptação, justiça climática, governança e educação ambiental.


Um dos pontos centrais discutidos no evento foi a necessidade de alinhar preservação ambiental e desenvolvimento econômico. O Governo do Amapá tem como uma de suas principais bandeiras a defesa de um meio ambiente de negócios, garantindo que a proteção dos recursos naturais caminhe lado a lado com o crescimento sustentável. A ideia é adotar modelos já implementados por países desenvolvidos, onde a conservação das florestas e a geração de renda coexistem. No Amapá, o objetivo é transformar a preservação em oportunidades concretas para a população, criando empregos e atraindo investimentos sustentáveis, sem comprometer o equilíbrio ambiental.


O governador em exercício, Antônio Teles, presente no evento, destaca a necessidade de conciliar crescimento econômico e preservação ambiental:


“São inúmeras as frentes que devem ser debatidas, hoje o meio ambiente é visto como uma agenda que vai além da preservação e da conservação. Precisamos alcançar o amadurecimento quanto à forma de conciliar crescimento econômico e desenvolvimento econômico com a preservação dos recursos naturais. O ponto de partida desse debate tem que ser a seguinte ideia: O Amapá é o estado mais preservado da Amazônia, que tem a maior área de produção integral, que tem programas voltados para a economia, que concluiu o trabalho de zoneamento econômico e que tem todas as terras indígenas demarcadas. É um estado que não tem conflito fundiário. Então, o Amapá tem que ser observado nessa agenda ambiental de forma diferenciada”.

A secretária de Estado do Meio Ambiente, Taísa Mendonça, ressaltou o papel do Amapá na preservação ambiental e a importância da conferência para o cenário nacional:


"O Amapá tem muito para contribuir. É o estado mais preservado do Brasil. Nós sempre costumamos dizer que a gente fez o nosso dever de casa. Nós temos aí uma política nacional. Então, vai envolver as três esferas de poder: municipal, estadual e a União. Aqui iremos eleger 30 delegados e 20 propostas que vão ser debatidas para apresentar na próxima etapa que vai ser em Brasília agora em maio. Então, é um momento muito importante, a gente está no ano da COP30, a COP da Amazônia, que vai ser realizada em Belém. As propostas que debatidas aqui, vão ser levadas à um nível internacional”.

O promotor de Justiça do Meio Ambiente, Marcelo Moreira, enfatizou a necessidade de transformar a preservação ambiental em benefícios concretos para a população:


“É o momento de a gente propor em transformar isso tudo em um bem para a população, isso é fundamental. Mas se esse meio ambiente ficar descuidado a gente perde muito mais. Então, a gente precisa entender que esse cuidado com o meio ambiente é responsabilidade nossa também. E esse patrimônio pode fazer muito bem à nossa população se for bem utilizado."

A indígena Ana Pires, do povo Galibi-Marworno, habitantes das vastas savanas e campos alagados do norte do Amapá, destacou a relação entre meio ambiente e saúde e a necessidade de equilíbrio sustentável:


“A minha concepção é salvar vidas, porque hoje nós percebemos esse desequilíbrio da natureza, porque a saúde do ser humano também está desequilibrada. Então, a nossa proposta aqui é salvar vidas. Quando o homem se afasta da natureza, quando acontece tudo que está acontecendo em relação ao meio ambiente, a poluição, tudo, essa falta de sintonia com a natureza, é quando vêm as doenças”.

A conferência que prosseguiu nesta quinta-feira, 26, também abordou temas como créditos de carbono, economia sustentável e políticas para comunidades tradicionais.



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