Marcelo Guido
A campanha “Agosto Lilás” , que é uma campanha nacional promovida pelo Governo Federal, transformando o mês em um período dedicado à conscientização e combate à violência contra a mulher.
A escolha deste mês se deu pela sanção da Lei Maria da Penha (Lei Federal nº 11.340/ 2006), assinada no dia 7 de agosto, uma referência fundamental no enfrentamento da violência doméstica no Brasil.
A campanha visa sensibilizar e informar a população sobre a identificação de situações de violência e os canais disponíveis para denúncias, promovendo uma rede de apoio e proteção para as vítimas.
Bruno Braz, delegado adjunto da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher de Macapá, em entrevista ao Bom Dia Difusora desta terça-feira, 13
Para falar sobre a expectativa das ações promovidas pelas autoridades e como o trabalho preventivo e repreensivo é feito, Bruno Braz, delegado adjunto da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher de Macapá , esteve presente nos estúdios da RDM.
“Então, nós trabalhamos com duas frentes de ação, nós temos a questão preventiva, que é a promoção de eventos, palestras, blitz educativas, conscientização tanto da vítima quanto do agressor e da comunidade em geral. Então, a forma preventiva visa a gente coibir a prática desses crimes e também diminuir a incidência deles. E também nós temos a frente de trabalho de forma repressiva, que é o cumprimento de mandados de prisão, andamentos de inquéritos policiais e a concessão de medidas protetivas. Nós encaminhamos diariamente ao foro e fiscalizamos também o cumprimento dessas medidas. Se depara aí diariamente com um número até considerável de pedidos de medida protetiva, então a gente precisa também da efetividade e fiscalizar para que a vítima não possa, não venha a ser novamente agredida, fisicamente perseguida pelo agressor”, contou.
O delegado reforçou, ainda, que o trabalho informativo de educação tem dado o efeito esperado na população.
“A gente tem notado que essas ações têm surtido efeito. Em razão disso, nos últimos 12 meses nós não tivemos nenhum caso de feminicídio registrado na capital. Nós tivemos um em Mazagão esse ano, mas tudo isso é fruto de um trabalho preventivo que vem sendo desenvolvido pelas forças de segurança com o apoio do Ministério da Justiça, sobretudo com as nossas grandes operações nacionais, que são a Operação Átria e a Operação Shamar. A Operação Átria ocorre no mês de março, em alusão ao mês da mulher, dia da mulher, e ela tem um foco maior na prevenção. Ela ocorre em todo o território nacional. Promovida também pelo Ministério da Justiça e Segurança em todos os municípios do Amapá. Nós estivemos agora em março. E nós temos também a operação Chamar, que ela trabalha a forma mais repressiva de combate a esses crimes, também focado na violência doméstica familiar contra a mulher. E graças a essas ações e o trabalho diário dos policiais, a gente tem anotado aí que há, pelo menos, uma conscientização de que as medidas protetivas”, informou.
Durante todo mês de agosto o Governo do Estado tem feito ações para promover a campanha , como as realizadas nos municípios de Tartarugalzinho e Porto Grande e em residenciais de Macapá, onde são ofertados serviços como vacinação, testagem rápida, fisioterapia, quiropraxia, serviços odontológicos, atendimento psicológico, assistência social e jurídica, além de emissão de CPF e Carteira TEA dentre outros serviços.
A campanha é fundamental para garantir que as mulheres em situação de vulnerabilidade e violência recebam o suporte necessário para romper com o ciclo de violência, de forma integrada com as políticas de segurança pública e saúde, oferecendo apoio psicológico, jurídico e socioeconômico às vítimas. Além disso, promove a reintegração social e a autonomia das mulheres, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
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