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35 projetos serão selecionados no programa “Afrocientista” no Amapá

Marcelo Guido


AFRO CIENTISTA- MARCELO GUIDO 10-08

Inscrições estão abertas e seguem até o dia 20 de agosto, via internet.


O Governo do Estado do Amapá, através da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia do Amapá (Setec), Fundação Marabaixo e, em parceria, com Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapeap), está selecionando projetos de mestres, doutores e estudantes negros. Serão, ao todo 35 projetos, divididos em 3 categorias, Bolsa Estudante IC , Auxílio Pesquisador ( custeio) e Auxílio Pesquisador (Capital), em um total de 105 projetos, o investimento total é de é de R$ 504 mil.


Jéssica Ramires, coordenadora cientifica e tecnológica da Fundação de Amparo a Pesquisa esteve nos estúdios da RDM e falou sobre o objetivo desta ação.


“O objetivo é, na verdade, ela é uma pauta do plano de governo, o objetivo é fomentar projetos de pesquisas que pensem políticas públicas para a comunidade negra no estado do Amapá , ou seja, políticas públicas pensadas por negros para negros, e essas políticas públicas subsidiarem as secretarias de estado nas tomadas de decisão, ou seja, é uma parceria da Fundação de Amparo à Pesquisa com a Secretaria de Ciência e Tecnologia e com a Fundação Marabaixo, então ela tem um objetivo final, além de financiar projetos de pesquisa da população negra do estado, que é uma população expressiva, corresponde a mais de 50% da população negra do o estado, também nesse pensar das políticas públicas do negro para o negro”, contou.

Ramires reforçou ainda que o pensar do pesquisador negro é muito importante para que aja uma mudança de paradigma social no estado.


“ O pesquisador negro vem, na verdade, a pensar nessa necessidade de sair o negro desse olhar subalterno. É um olhar do negro que vive na periferia, fazer com que esse negro consiga acessar os centros de poderes, inclusive porque a população negra é uma população expressiva no estado do Amapá. Poucos, se nós formos a olhar, são os que ocupam os cargos de poder, então é o pensar do pesquisador para que essa população tenha condições igualitárias, consiga alcançar os centros de poderes, tenha condições de educação, saúde, cidadania de maneira igual, então assim, muitas das vezes o negro é a população mais pobre também do estado, então por que isso? Nós queremos entender também, por que o negro é colocado na periferia, por que o negro não acessa o centro de poder, como podemos fazer com que essa situação mude e que nós possamos colocar o negro como também protagonista no estado do Amapá, então é esse o objetivo desse edital, é que o negro que vivencia essas situações, muitas vezes de racismo, de periferia, ele consiga ver essas situações e pensar no que poderia ser. Diferentes para que ele consiga acessar também as políticas públicas de maneira igual”, finalizou.

Os projetos devem estar sob coordenação de pesquisadores, mestres ou doutores de instituições de ensino superior e de ciência e tecnologia pública ou privada e sem fins lucrativos. A duração é de até 12 meses. Cada participante pode indicar até um bolsista matriculado no ensino superior para que a pesquisa possa ser desenvolvida em conjunto, conforme os critérios que constam no edital.


O programa busca contribuir para a criação de novas ideias inovadores, que buscam solucionar e contribuir para a evolução econômica, educacional, e social da população negra.


Projeto Afrocientista


O Programa Afrocientista é promovido pela Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), com intuito de despertar a vocação científica e incentivar talentos entre estudantes negros e negras matriculados em escolas de ensino médio, mediante sua participação em atividades de pesquisa científica ou tecnológica desenvolvidas pelos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiro – NEAB e entidades correlatas. Apresentando uma proposta pedagógica do projeto que se sustenta em três pilares: iniciação às práticas da ciência; instrumentalização sobre o fazer ciências; e, formação para a cidadania e mobilização social.



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